sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A MÚSICA...O MÚSICO...O APRECIADOR E AS SUAS RELAÇÕES

A música vai muito além do famoso: Gosto disso, não gosto daquilo, fulano toca mais que sicrano... rock é melhor, jazz é chato, blues é lento, música clássica causa sono.Vai muito além dessas rota de fuga. O que importa é ouvir, procurar entender a forma estética daquela vertente e filtrar o que é música séria, seja ela em que esfera esteja e o que é realmente descartável. ADENDO JÚLIO CESAR BARBOSA Nada do que se faz hj em música se compara às décadas de 60 e 70. Pode parecer radical, mas o novo está sempre no velho. Os irmãos Campos e Décio Pignatari sempre diziam isso. Estava ouvindo "Le grand macabre" de Gyorg Ligeti, ópera considerada moderna, de 1977. Ainda assim, se é ópera, ainda mantém seus laços com a tradição, que é secular. Outro fator importante: A relação músico e apreciador musical. O número de apreciadores são infinitamente maiores que os músicos que a executam. Então, eles dependem diretamente de nós, os apreciadores musicais (gostarmos ou não) Para isso, se faz uma relação saudável. Quanto melhor o som...menos ouvintes. Quanto pior mais pessoas ouvindo. Não seria ao contrário?? NÃO...qualidade do som produzido nos últimos tempos vem tendo o seu declive faz tempo. Fora a imbecialização do atual público que a cerca. Existe uma certa lerdeza de parte dos supostos apreciadores musicais em ouvir algo mais consistente musicalmente. Tendo em parte a culpa dos músicos que vivem reproduzindo quase as mesmas coisas em diversas frentes de música de qualidade. Fazendo que esse público que está ávido por suprir som de qualidade os coloque numa sensação de inércia auditiva. Dedicado ao Duofel Fernando E Luiz Arismar Do Espirito Santo Jovino Santos Neto Atesto e dou Fé. Mauro Wermelinger, um idealista sonoro. Adendo ao texto: ROBERTO RUTIGLIANO: -Baterista, percussionista e professor do SEMINÁRIO-PRO ARTE. Desenvolver parâmetros de apreciação faz crescer em todo o mundo os princípios estéticos necessários para poder se colocar e dizer por exemplo isto não tem swing..isto esta mal interpretado... esta tocado de modo burocrático..os músicos não estão tocando juntos...o tempo não esta firme...a acomodação auditiva faz que não se desenvolva a escuta..abraço meu parceiro JÚLIO CESAR BARBOSA - Educador musical da Escola de Música Villa-Lobos. É por isso que a Escola de Música Villa-Lobos no Rio de Janeiro, tem no curso Básico, a matéria Apreciação Musical, que ao contrário de muitos que acham desnecessário, dá ao aluno uma visão abrangente do universo musical. Primeiramente dismitificando os rótulos impostos pelas mídias que teimam em dizer que existe música popular, música "clássica" e música folclórica. Na música só existem dois parâmetros. música boa ou música ruim. Mesmo assim, no campo da conjectura, só existe o bom ou o mau audiófilo. DUOFEL LUÍS BUENO E FERNANDO MELLO, DUO DE VIOLÕES BRASILEIROS CRIATIVOS. Nosso querido Mauro Wermelinger quebrando tudo em suas criticas construtivas! Agradecemos a dedicatória. Em nossa visão faz tempo que o Capital se sobrepõem em relação aos conceitos de arte, mas o tempo já mostrou que aquele que sustenta sua arte a faz valer e muito sem perder tempo tentando fazer sucesso para estar na midia, haja visto as artes plásticas, que um rabisco de Picasso, Dali.... custam mais que uma cobertura na Vieira Souto sem falar nos Rock Stars... Aproveitem e comprem nossos CDs e DVDs que ainda custam bem pouquinho... hehehe MAIS UM ADENDO; A autora é Leonora Meirelles, educadora musical em BH. Cara, esse papo dá laudas!! Acho que trabalhar a apreciação musical, mostrar a diversidade de gêneros e estilos, juntamente com um debate, reflexões que levem alunos (e publico em geral) a refletirem sobre a música que ouvem (mostrando que lhes são impostas, na verdade!) é tão ou mais importante do que ficar ensinando, bandinhas, a bater tambor e atividades que, conforme conduzidas, não passam de entretenimento, cumprimento de carga horária em escolas, por exemplo. Já trabalhei com apreciação musical em comunidades de baixa renda e me surpreendi com o impacto (além do envolvimento) que isso causou nessas pessoas! Elas se sentiram praticamente 'traídas' por não saberem ou terem acesso à músicas diferentes do universo a que elas estavam acostumadas. E tanto equívoco cultural/musical, sabemos nós, não está restrita à classes baixas e sim já bastante disseminado em todas as classes sociais! Tá dureza a cada ano que passa, trabalhar com educação musical, viu!! O 'DAVI' está cada dia mais fraquinho e o 'gigante' cada dia mais vitaminado!!