quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

SOBRE LUZES E SOMBRAS-JONI MITCHELL EM 79.




O site francês de compartilhamento Vimeo nem de longe chega perto da força e supremacia do Youtube.

Os vídeos são pesados, demoram pra carregar...Quase nada completo, o que não desmerece o seu valor.

Tinha uma conta nele que reativei hoje, e de cara digitei Jaco Pastorius e na hora encontrei algo que nunca encontraria no repositório do YouTube , por conta das leis americanas sobre os direitos autorais.
Diferentemente do Vimeo
VALEU A PENA...uma outra hora dou uma vasculhada nesse camarada.



Sobre Sombras e Luzes: A música de Roberta Joan Anderson soando além...

Nesse concerto realizado em setembro de 1979, no County Bowl em Santa Bárbara, Califórnia, a cantora folk Joni Mitchell atingiu seu apogeu cercada da nata do jazz fusion americano.

Nenhum tubarão de gravadora acreditava em que uma cantora folk de canções singelas, tocando violão e guitarra com afinação aberta, pudesse flertar com esses músicos da cena contemporânea jazzística oriunda da Terra do Tio Sam, foi Jaco quem acreditou nela e tratou de arregimentar essa trupe fantástica de músicos.

Bacana, , inspirador ver esse vídeo na internet via Vimeo.


Ainda sobre Sombras e Luzes com Joni Mitchell...

Jaco deitou e rolou com uma condução inquietante, extraiu harmônico quase como uma atividade paranormal nesse instrumento, perturbou no bom sentido o concerto inteiro e com direito ao seu baixo solo....Nada mal...



Continuando em Sombras e Luzes...

Atente para os temas "COYOTE", BLACK CROW" e a clássica do universo Charles Mingusiano..."Goodbye pork pie hat" é JACO EM SUA PLENITUDE SONORA.




sábado, 9 de janeiro de 2016

MINHA RELAÇÃO EM MORAR NO CENTRO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.



Sempre trabalhei no Centro da Cidade e residia longeeeeeeeeeeee...Em Jacarepaguá...e vivia pelo Centro para absorver as coisas que curtia...
Quando o CCBB foi inaugurado virou a minha segunda casa e guardava as coisas no Porta-Volume para não ter que voltar para Jacarepaguá, pois pegava no Trampo Meia-Noite.
Foi assim que consegui estar em quase todos os concertos, vi todos os filmes pela fartura de cinema que tinha na Cinelândia: Pathé, Palácio 1 e 2, Odeon(por mais de trinta anos), até o fechamento de todos eles, restando apenas o Odeon,

Com dois Teatros à disposição: Carlos Gomes e João Caetano.
Os Museus(Bela Artes, MAM), a Biblioteca Nacional...Que mundão...

Eu tinha que terminar a minha existência morando no Centro e ainda por cima na Lapa.
Fora os bairros vizinhos: Glória, Catete, Largo do Machado com cinema e gente bacana.
Jacarepaguá foi o ponto de partida e tudo que li e ouvi foi dentro daquele quartinho 2x2...O resto é história.

SE PERGUNTAREM SE SOU BAIRRISTA??? 
CLARO...CURTO DEMAIS MORAR NO CENTRO DA CIDADE.
E SAIO EM DEFESA DE ONDE MORO.

ANOS 70...

Não tenha dúvida que os anos 70 e suas transformações mudaram a forma de ver o mundo. Que tem um amplo acervo histórico- estético-ideológico, ainda não completamente explorado.
Atingiu e atinge todos por conta dessa incrível década.
Os que viveram, os nascidos na metade da década de 50.
Os que nasceram nos anos 60 e pegaram uma puta carona nessa atmosfera toda(meu caso).
Os que nada viveram, nada viram e nada sentiram..
E os que estão chegando hoje...Nascido na década de 90.
Os anos 70 passou e encontrou um lugar perfeito para expandir as suas ideias..
A Internet, as redes sociais, O Youtube.
E caras como Stewart Brand, Sir Tim Bernes-Lee, John Perry Barlow, os rebeldes precursores dessa revolução estão bem felizes.
Se no passado a turma ligou a revolução...Hoje a internet religou o sistema libertário pela grande rede.

TENHO DITO, ATESTO E DOU FÉ.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

HERMETO PASCOAL, ZAPPA E LUIZ COSTA -LIMA NETO, UMA RELAÇÃO SONORA

Não tem um dia que não ouço Zappa...Com o advento da internet, rede social...Comentar, compartilhar sobre a obra do Mestre tornou-se uma imersão ao intelecto da sua extensa obra, e com a criação do repositório do Youtube, as possibilidades de novas descobertas Zappatescas se tornam infinitas.
Creio que na chamada música moderna é preciso atentar para dois nomes:
Frank Zappa de um lado e Hermeto Pascoal do outro.
Eles estão no topo da criação de toda a complexidade do som...Eles estão acima da música. Zappa no Céu e Hermeto na Terra.

Onde entra o Luiz Costa Lima Neto, nessa história??
Conheci esse excelente educador sonoro no tempo que convivia na trupe do Hermeto Pascoal, e consegui produzir oitos concertos no Teatro Rival. Ao mesmo tempo conheci o  seu irmão Henrique Costa Lima, ambos letrados na Escola HERMETO-ZAPPA, que iam todos os dias nesse concerto. Até que um dia, por acaso, os encontrei quase entrando e foram convidados para entrarem de graça, e ainda tirei um sarro: Os caras pagaram todos os dias, merecem...
O incansável Lula Costa Lima, iniciou um mergulho no mundo Hermeto Pascoal com a sua formação clássica: Carlos Malta, Jovino Santos Neto, Pernambuco, Itiberê Zwarg, Márcio Bahia e numa época que também estava envolvido com essa atmosfera.

Nessa imersão, transformou-se numa profunda dissertação sobre esse período fértil da usina criativa do Hermeto Pascoal e Grupo.
Agora o Dom Quixote Lula Costa Lima, alça mais um voo...Acaba de sair seu trabalho de Mestrado em livro e no exterior.
Na minha opinião é o melhor trabalho que retrata fidedignamente a formação antológica desse grupo, vai muito além das dissertações e teses sobre Hermeto que pude colaborar, não menosprezando os demais trabalho, contudo esse é diferente, Lula Costa Lima conviveu diretamente com essa experiencia e cedi uma parte do meu conhecimento para ele. A honraria é toda dele, é cria direta desse som."Do interior de Alagoas pros palcos do Circo Voador" quando esse trabalho começou a germinar dentro da mente do Lula Costa Lima. O RESTO É HISTÓRIA...

PARABÉNS LULA COSTA LIMA.



O REENCONTRO DE FRANK ZAPPA E PIERRE BOULEZ

Bom...agora finalmente ZAPPA E BOULEZ se reencontraram...vem ai novos experimentos dessa dupla...
Eles vão ter que chamar o Edgar Varesé para um café e discutirem novos projetos.

O problema que vai gerar intriga entre Karlheinz Stockhausen, Schoenberg, Alban Berg e Anton Webern que vivem juntos em torno das partituras do mestre Zappa. 
Guerra-Peixe já anda reclamando que tem uma peça pronta para ser regida pelos dois...

Nesse meio tempo, Iánnis Xenákis envolvido com a partitura de "peaches en Regallia" pensa em colocar o Hendrix para tocar alguma coisa...Miles já se prontificou a fazer um solo de trompete.

Jaco por sua vez, topou fazer as linhas de baixo desse tema...a dúvida de Xenákis, é quem ele convoca para tocar bateria: Está numa dúvida cruel.
Pensou em Elvin Jones, Tony Willams, Buddy Rich, até passou na cabeça dele convocar o Keith Moon... Contudo, ele pensou bem...O Keith Moon é muito maluco vai me dar um trabalho no ensaio...deixa ele quieto.
Radamés Gnattali sugeriu uma dobra de violino nessa música e citou dois nomes Stephane Grappelli e Zbigniew Seifert, veremos retrucou Xenákis...
Enquanto isso, Boulez e Zappa confabulam numa quase conspiração sonora lá no Cosmo.
De qualquer maneira, eles pensam em dar um roupagem mais light no final convocando Tom Jobim para escrever uma parte final desse arranjo.
Houve sugestão para empregar estruturas do choro para isso, pediram a força do Pixinguinha que vai tocar sax tenor.
Bill Evans olha desconfiado e pergunta: Quem vai tocar piano???
Pairou uma dúvida... Luis Eça, esboça um sorriso maroto(QUE NADA TEM COM AQUELE FAMIGERADO GRUPO).
Pelo visto, pensou Boulez, Isso vai dar um trabalho Zappa que logo argumentou...Tô vendo...É muita gente boa aqui em cima...Vamos ter que gravar um disco triplo para caber essa turma toda.
E logo passa um cara de cocar indígena e Zappa pergunta para Pierre Boulez, quem é aquele???
Boulez solta uma gargalhada e diz: É o Heitorzão. Villa-Lobos que pensa que é um índio de casaca e vive andando em "Trenzinho Caipira"...
Zappa riuuuu...e disse: Aqui no Cosmo só tem maluco.
Boulez concordou e foram discutir o arranjo.

Dedicado à todos.
Saiu agorinha...