Blog criado em Maio de 2010 para a produção textual sobre música, som, tecnologia e ciência da informação e casualmente política.
Comentário ofensivo e oriundo de perfil falso(como muitos) será deletado.
Contato 98816 4535 whatsapp ou maurowermelinger@gmail.com
FESTA DA VIRADA- de 74 para 75...No palco em Copacabana, The Allmans Brothers band abre o concerto da virada...
A Mahavishnu Orchestra é a segunda atração da noite...na praia o maior climão de paz e amor permeia o ar....Todo mundo celebrando a chegada do novo ano...O Brasil ainda em plena ditadura. contudo, aquele clima woodstockeano totalmente no ar...Pessoas nuas correndo pela areia...casais fazendo amor na beira da praia...A Era de Aquarius bem viva...Uma turma de Haribôl emana mais paz e amor... Muitos conhecidos ainda muito jovem e cheio de energia...
Farta comida natural, sucos, vinhos, pessoas de bem e a maior segurança nas areias...
Ao final da queima de fogos por meia-hora...Frank Zappa e os MOTHERS OF INVENTION fecham a FESTA DA VIRADA.
Escrito agorinha enquanto ouvia o tema "HEJIRA" da Joni Mitchell;
Quando ia na casa de um amigo, ou quando alguém passava lá na primeira Toca em Jacarepaguá, onde fui morar em 1970, onde comecei essa onda toda(Na famosa Rua Pinto Teles, 387 bloco a apto 402.) O papo era esse: Vamos escutar um som, coloca um som, vamos ouvir que som? quando a referência era um vinil ou no cassete cromo ou metal, ai era som.
Quando ligávamos o rádio era música, não tínhamos o controle do que gostaríamos de escutar.
SACARAM??
Preciso desenhar?
E nos dias de hoje continua sendo som, já que escolho o que ouvir o tempo todo.
Na boa...ouvi muito disco, comprei vinil na base do rateio onde alguns contribuíam, era assim que funcionava, um ajudando o outro a ter aquele disco.
Sem esse sentimento de posse que alguns 'colecionadores','especialistas' ou xiita sonoro tem. Não curto essa galera de jeito nenhum e nada tenho a aprender com eles, colocam a grana na frente do som e na boa, criam um sentimento de uma posse obtusa.
Aprendo de verdade com os humildes irmãos de som que tenho por aqui e pelo mundo.
Na boa 2, nem precisamos colecionar nada...basta passear pelo youtube...
Hoje pode não ter...com certeza amanhá terá...
Onde aprendi de fato, lendo e decorando interminável ficha técnica de discos...
A internet acabou com a supremacia, nivelou as tribos, hoje os índios tem autonomia e os caciques perderam.
Construo um teatro com a melhor luz, o melhor equipamento.
Com concerto do jazz ao rock, do choro a MPB erudita, do fusion ao progressivo.
Totalmente imparcial em relação ao estilo, desde que passe pelo meu crivo.
Segue a programação
terça- Choro.
quarta- rock, blues, experimental.
quinta- Som progressivo
sex- Jam session com músicos convidados
sáb-Música instrumental brasileira/jazz
dom- Música clássica/erudita.
Na boa...eu supervisionando um teatro com ênfase a música de qualidade, não ia ter pra ninguém e com grana é melhor ainda.
Assim derrubo o cartel instaurado, como também, não vou precisar de lei de incentivo à cultura, de apadrinhamento.
Um Teatro livre do sistema, o primeiro teatro verdadeiramente contracultural e musical.
O acervo audiovisual da Toca da Lapa, hoje quase não cresce no plano físico, em compensação no plano digital e virtual sobra espaço.
O mais complicado é gerenciar tanta coisa nas "nuvens" em HD externos, agora tem uma vantagem: exercita a memória o tempo todo como um jogo de adivinhação: Onde estará tal filme?tal concerto, e aquela entrevista...onde se meteu aquele artigo, e o pdf sobre algum assunto da organização do conhecimento, e o texto sobre a história do rock, onde vai parar tal foto...é uma loucura e o mais engraçado encontro tudo...são dados e mais dados dentro desse universo.
Adicionando o primeiro recorte de jornal ainda em 1970...o acervo hoje tem 46 anos de existência...Foi desse primeiro recorte que nunca parei e acompanhando na boa a evolução dos formatos, dos computadores...de quase todas as formas de armazenagem e preservação , VIREI UM ARQUEÓLOGO DIGITAL E VIRTUAL.
E detalhe: quase sempre encontro o que quero.
E outro detalhe, NUNCA PERDI NADA, NADICA tenho arquivo guardado e funcionando bem, desde de sei lá quando...
Tudo aqui é feito para a preservação da memória digital audiovisual e literária que comecei a construir ainda no tempo do mundo analógico e sigo nessa até hoje.
É um trabalho dedicado, tem curtir muito.EU CURTO.
Um dado curioso dos irmãos Nazário: Lelo e Zé Eduardo Nazário
Ambos fizeram parte de três dos maiores projetos musicais criativos.
Passaram pela Escola Gismontiana, Hermetiana e um terceiro chamado Paul Brasil.
Além do bem sucedido Grupo UM. Fora o projeto individual de cada um.
Uma característica da estrutura estética do Grupo UM é fruto da Escola Européia muito pelo lado cerebral do Lelo Nazario, dono de uma personalidade sem precedente, um dos poucos pianistas e tecladistas que ao tocar a primeira nota você percebe, eis o Lelo Nazario e totalmente off ao Mercado predatório do insosso cenário musical atual. Fora seu momento nerdesco por lidar bem com sistema de composição por computador aliado ao seu alto grau de concentração e conhecimento do espectro musical e sonoro, criando uma textura única, o que chamo de Nazarius Sounds
Além disso, trabalhou com uma estrutura complexa e fechada sem abrir mão da contemporaneidade da improvisação coletiva beirando ao estado Free em relação ao GRUPO UM.
Outro dado curioso: O caso dos irmãos Nazário parece ser o único onde dois irmãos em plena atividade de sua função, no caso Piano e bateria ditam uma forma estética que poucos ou quase nenhum transitam, indo no sentido antagônico do instrumental previsível Brasileiro. trabalham numa camada de Deep Web da música criativa, onde poucos acessam e captam sua essência que precisa de um audição ou melhor percepção criteriosa para entender o que o emissor pretende, gerando uma mensagem em código único e aberto para uma recepção continua de um fluxo sonoro ímpar.
Hoje, sábado, adentro o Cine Odeon para ver e reviver Elis com Andréa Horta...e começa a viagem em tempo real vendo o documentário e publicando no perfil do facebook, a minha impressão. Então, montei mais um texto para ficar eternizado nesse blog sonoro..
Uau!...Elis vive nesse doc "Elis"
Muda o plano..."É como os nossos pais"...
Beco das garrafas...Lennie Dale. E toda aquela atmosfera..Miéle surge...
Andrea Horta se preparou seis meses para reviver Elis, Bôscoli impagável...
Entra em cena a grande parceria...Jair Rodrigues...
Elis e Bôscoli que relação...os atores impecáveis...
Nelson Motta surge e como sempre um visionário.
Elis adentra os anos 70...
César Camargo Mariano surge e quebrando tudo...
Foi o piano do César que moldou definitivamente estética do som da Elis...
Caco Ciocler é o César nesse doc... demais.
Sou de um tempo que pude ver Elis ao vivo... que banda.
A fase Elis e a super banda...Elis progressiva...César sai de cena...
O documentário é fiel mesmo pulando duas partes...(a fase com a super-banda em Montreux, e a fase progressiva)
O mais legal disso tudo é ver os olhos das pessoas cheio d'água ao acender das luzes, por conta da emoção desse doc, inclusive o meu.
Valeu Andreia Horta, Elis reviveu ao longo do doc.
Comecei ir no cinema desde muito cedo...trabalhei duro para manter o meu lado cultural em plena eferverscência...logo vieram os concertos, exposições de arte...museus...Muito antes do advento do Centro Cultural..O CCBB quando inaugurou virou meu segundo lar...
Vivo longe de quase tudo do mundo efêmero(e já faz muito tempo) Totalmente desprovido do comercialismo e consumo desenfreado...agora não abro do livro, da música, da sétima arte, vivo nessa...e assim, tem sido...é assim que devo deixar esse dimensão...um dia...
A minha vida cultural é um roteiro de cinema...estive quase em todos os lugares onde ela é produzida...casei com ela realmente, aliás, sou altamente comprometido com ela faz muito tempo...
Na realidade tive que optar...ou seguia pelo caminho mais fácil...ficar igual a quase todos,nada contra...Ou seguir pelo lado cultural...o lado que requer leitura, educação cultural, informação, imparcialidade, papo cabeça e não tive propriamente um mentor...a não ser pela influência da família. E fui fundo e como fui... E paralelamente a isso...trabalhando como um louco de meia-noite as seis da manhã...
Tem coisas na vida que fazemos que não sabemos como...No meu caso, continuo o idealista de sempre em prol da música, do som, da cultura musical, da busca de sempre fazer o melhor. Lidar com o elemento audiovisual em benefício do ofício de quem faz arte...Um conglomerado de técnicos: de som, de professores, da turma da administração e da direção de uma Instituição Escolar, que é multifacetada em toda a sua extensão,
Hoje no Teatro João Caetano, a final da 16ª edição do Festival dos alunos da Escola de Música Villa-Lobos foi algo arrebatador, teatro cheio, torcida organizada, luz bacanérrima, som de primeira e tudo fluindo e durante toda a captura das imagens que posteriormente serão editadas fique orgulhoso de estar dentro dessa comunidade escolar desde 1995 e querendo mais...mais...
Somos os vencedores diante da adversidade gerada pelo Sistema...que bom que mais uma vez a música suplantou tudo...E que assim seja.
À TODOS DA EQUIPE DA ESCOLA DE MÚSICA VILLA-LOBOS, MEU MUITO OBRIGADO POR ESSA NOITE INCRÍVEL.
O CARTEL DO CRIME ORGANIZADO CHAMADO O ESTADO BRASILEIRO.
Não mede esforço para ficar cada vez mais rico, poderoso, corrupto, um câncer que se espalha em todo o Brasil.
Uma metástase...
A cura...FIM DO PODER DO ESTADO, FIM DA TRÍADE DO MAL.
Federal, Estadual e Municipal.
O Brasil precisa de luz...Por enquanto...TREVAS...
A Máfia americana...a Cosa Nostra Italiana e até a poderosa Yakuza nada se compara ao Cartel do Crime Organizado criado pelo Estado Brasileiro. É uma força poderosa do Crime contra o Povo Brasileiro.
Agora...O Cartel do Crime Organizado chamado O ESTADO BRASILEIRO VAI MUITO BEM OBRIGADO...ATÉ QUANDO...
Só mesmo no Pais da esculhambação a folha de pagamento do Governo, no caso englobo: Municipal, Estadual e Federal é maior que os benefícios gerados para manter o Brasil funcionando.
Se o Crime Compensa? pergunte ao Cartel do Crime Organizado chamado O ESTADO BRASILEIRO.
Procura-se Franco Atirador para dar um jeito na classe politica brasileira...Tratar no BRASIL.
Recompensa: Livrar de vez o povo brasileiro do Cartel do Crime Organizado, o ESTADO.
MANTER "um filho teu não foge a luta"
E exterminar o que está escrito na estrofe ."deitado eternamente em berço esplêndido"(É que o ESTADO vem fazendo)
Reafirmo:
O ESTADO É O GRANDE CARTEL DO CRIME ORGANIZADO CONTRA O BRASIL E POVO BRASILEIRO.
POR ISSO, NÃO ACREDITEM NELE E SIGAM PROTESTANDO.
Sou da paz e pela paz. Contudo. não existe revolução sem sangue está nos anais da História.
Preserve a vida e plante essa ideia.
Ame a vida
Seja vegetariano
Por amor não fume
Todo o dia é DIA DA TERRA
Seja bom com todos os seres humanos e principalmente com animais.
Preservar para ser preservado.
Escrevi isso nos anos 70 e achei o texto...
A minha ideia nesse perfil sonoro é fazer os que aqui transitam é pensar musicalmente(desde 2009) E venho praticando isso, desde que estou na internet a partir do finado Orkut, em todas as vertentes sonoras e por mim selecionada.
Imparcialidade musical é a tônica, aqui fã ou radical xiita musical não tem vez.
Apreciação, estética e história é a meta e sob minha ótica.
Evito a palavra música propositalmente, levo para o lado do ouvido consciente que remete ao inconsciente do som de quem produz som sob qualquer tendência estética musical que for compartilhada.
Buscando que cada ouvinte entenda tudo o que está acontecendo:
Harmonia, melodia, ritmo, composição, arranjo,interpretação e a improvisação.
Histórias, causos, devaneios sonoros, sobre som e anos 70, somente nesse perfil sonoro.Se estiver afim de discutir política, futebol, comida, conversa de Dpn(De porra nenhuma), falar mal do governo(Que é uma merda mesmo), xingar, comentar sobre pacote econômico, ocupação...e tal.tal..tal... NÃO É AQUI..SACOU?? ou preciso desenhar??
Afinal de contas alguém aqui tem ir contra a maré, como sempre foi. E aprendi, que viver na minha e sem incomodar terceiros é sempre uma arte, e não é para qualquer um.
De certa forma... mantenho tudo que não presta longe do meu alcance...É muito bom ser respeitado em qualquer lugar. E acima de tudo respeitar as diferenças...Convivo com elas desde muito cedo..
Para mim tudo é normal...pego o gancho na diversidade sexual, na religião em qualquer esfera, Convivo com isso desde que vim ao mundo...
Como eu "nasci há dez mil anos atrás" e sempre "caminhando contra o vento sem lenço e sem documento" ou por hora "caminhando e cantando e seguindo a canção" quero "porque gosto daqui, dos barulhos estranhos que possam surgir"
E sempre chamo "hey amigo, cante a canção comigo" já que "não sou daqui e nem sou de lá, eu sou de qualquer lugar, Sou cidadão da terra e minha vida é toda verdade e não tenho mais idade" porra...E lá vem os anos 70 de novo...kkkkkkkkkkkkk
paz, amor e som à todos.
Dedicado aos que resistem e ao camarada Pedro Augusto Baldanza
Explico a expressão que tanto uso:
Numa tarde qualquer fui abordado pela extinta TV MANCHETE para um programa jovem chamado todas as tribos, algo assim..
A repórter me viu(com esse layout que sempre tive) e segue o diálogo>
- Boa tarde, posso te fazer umas perguntas para um programa de comportamento chamado "Todas as tribos"?
- Claro.
- De que tribo você é?
-eu, de nenhuma, SOU CIDADÃO UNIVERSAL, PLANETA TERRA.
Saiu de primeira e ainda fui convidado para defender os anos 70...Creio que foi na década de 80 isso...
E nunca mais deixei de empregar essa expressão.
Sinceramente, de certa forma nunca mudei o meu modo de ver e sentir as coisas da vida...bacana, seu mauro wermelinger, hoje você é um jovem senhor de 55 anos, fique sempre assim.
Certeza...Em outro tempo, seria preso pelo 'SISTEMA' de tanto que já comentei contra o Governo.
Minha linguagem é dura e totalmente apartidária. Não sou de esquerda e nem direita, quando menos de centro.
Sou pela justiça e pelo fim dessa corja toda, pelo fim do voto obrigatório, pela pena de morte aos crimes de estupro, assalto, e aos políticos que assaltam o País.
Sou pela paz e pelo amor...Nesse caso acima, não tenho compaixão.
O melhor é passar fogo nessa quadrilha toda, estão inclusos todos os políticos que vivem sendo sustentados pelo TRABALHADOR BRASILEIRO.
E pegando uma frase da Bíblia: "MALDITO É O HOMEM QUE CONFIA NO HOMEM.
E SEGUE O SOM, A CULTURA E NOSSA ARTE, É O QUE NOS RESTA.
ELES PODEM TIRAR TUDO DA GENTE.. MENOS A NOSSA DISPOSIÇÃO E O GOSTO PELA ARTE, ISSO O SISTEMA NÃO TIRA.
Outro dado...
O funcionalismo público é o Câncer do Estado. Com sua inflada folha de pagamento, e o trabalhador brasileiro pagando essa conta.
Por isso, repito o MAIOR INIMIGO DO POVO QUE REALMENTE TRABALHA É O PRÓPRIO ESTADO.
Um sistema podre que rege sob norma de muita corrupção e favorecimento em benefício de si mesmo.
E pode um negócio desse??
A polícia legislativa é uma milícia que defende como cães de guarda os parlamentares.
E não contribuem em nada para a Sociedade.
Homens armados que usam o poder para defender um poder totalmente corrupto.
Pela realidade a Policia Legislativa deveria prender todo o Congresso Nacional.
É uma relação miliciana muito além do que seria uma relação Republicana.
O documentário "Eat That Question" é uma imersão na figura, do homem, do pai, do esposo e do músico e compositor Frank Zappa, impressionante seu discernimento, sua resposta rápida e ferina. Ele sabia tudo: Cinema, teatro, politica, senhor absoluto de uma cultura sem precedentes...
Um dia, ele ouviu Edgar Varese, Igor Stranvisnky e Anton Webern e disse a si mesmo: Vou fazer minha música soar assim..
Quem não compreender a música clássica contemporânea, fica mais complicado a entender e digerir o UNIVERSO ZAPPA.
Para perceber as cores desse universo é preciso desprendimento na percepção convencional, um ouvido tonal terá sempre dificuldade de entendê-lo.
O elemento operístico está explicitamente dentro da sua estética por conta da não pausa entre uma composição e outra. Teatralidade à toda prova, ensaio à exaustão para dar vazão a improvisação.
Sai do cinema com a certeza que tudo que comentei sobre ele é fruto de uma pesquisa séria sobre esse homem, um homem chamado FRANK ZAPPA. Aprendi muito vendo esse documentário...NEM PISQUEI.(Foram 90' preso de olho na tela) e nem senti passar.
Quando Zappa foi ovacionado em Praga,Situação nunca acontecida nos EUA , ele se encontrou com então, Presidente Václav Havel,
No início de 1990, Zappa visitou a Tchecoslováquia a pedido do presidente Václav Havel, e foi convidado a servir como consultor para o governo em assuntos comerciais, culturais e turísticos. Havel era um fã de Zappa que tinha uma forte influência na cena de vanguarda e underground do leste europeu nos anos 1970 e 1980 . Zappa concordou entusiasmado e começou a se encontrar com autoridades corporativas interessadas em investir na Tchecoslováquia. Dentro de poucas semanas, entretanto, a administração dos EUA colocou pressão no governo tcheco para desfazer a nomeação. Havel fez então de Zappa um consultor cultural não oficial. Zappa também planejava desenvolver uma empresa de consultoria internacional para facilitar negócios entre o antigo bloco soviético e o bloco capitalista
Ronald Reagan, então, Presidente dos EUA, perseguiu muito o trabalho do Zappa, ele sofreu uma severa censura e foi muito mais compreendido na Europa do que seu País de origem.
Frank Zappa faleceu em 4 de dezembro de 1993, em sua casa, cercado por sua esposa e filhos. Em uma cerimônia privada no dia seguinte, Zappa foi enterrado em um túmulo não marcado no Westwood Village Memorial Park Cemetery, em Westwood, Los Angeles. Na segunda-feira, 6 de dezembro, a sua família anunciou publicamente que o "Compositor Frank Zappa foi para a sua última turnê pouco antes das 18:00 no sábado"
(Fonte Wikipedia) Adendo 2:
O meu lado é puramente musical no sentido do todo desse universo Zappa, ouvi e tenho toda a sua discografia, baixados e alguns originais... Me prendo também sobre o lado filosófico, contexto histórico e a minha viagem no Conceito Zappa.
Adendo 3:
E o gran finale aconteceu ao término da jornada Zappatesca dentro do ROXY 1...Todo mundo bateu palmas para o pensamento e obra do mestre Zappa...me emocionei...
Nunca gostei de música, gosto de som. Como sempre ouvi de tudo, consigo numa boa ir de John Cage até Ramones. Minha percepção há muito deixou de ser comparativa, creio que nunca foi devido a minha capacidade por anos e anos de audição e leitura plena com o som.
Creio que música ruim é o que temos hoje no âmbito mais subterrâneo, e de fato acabou a criatividade.
Finalizando: Música é aquela que toca nas rádios: fácil compreensão, duração ínfima e nada acontece em 3'43'' o tempo que supostamente o mercado acha em que o público aguenta ouvir.
SOM. é o que proporciona o pensar musical, o apuro do senso estético sonoro, o poder da escuta plena e o discernimento ao receber toda essa informação o que provocar o alimento do neurônio responsável por essa audição universal.
Sem o quesito da comparação que nunca gostei, quem compara é que não entende de som ou não percebe que cada um tem sua história.
Contudo, pude certa vez viajar com dois gênios numa tour.
Hermeto e Egberto e cada com o seu grupo,.
Ainda era um cara de 20 e poucos anos e toda noite o concerto de ambos soava algo celestial.
O som cerebral e etéreo do Gismonti com uma formação meio inusitada de violoncelo, contrabaixo acústico, teclado e violão, fazia um contraponto a panela de pressão sonora,longa e criativa do Hermeto Pascoal. Foi um momento único na minha vida, ali nos bastidores vendo e ouvindo dois gênios, dois criadores e cada um com a sua linguagem e de um respeitabilidade sem precedente.
"E salveossons" isso sim, também é" vidalinda".
A expansão do som em especial ao jazz, se deve aos criadores como Miles Davis e John Coltrane, certamente esse comentário não é tão completo devido ao grande número de protagonistas que fizeram sua parte...Contudo, são os pilares de um revolução única.
No Brasil, dou crédito para dois sujeitos geniais; Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal. Esses foram além.
Que maravilha!!, cinco conceito estético-sonoro do mestre Wayne Shorter(compartilhado no Facebook) e cada um contando uma história completamente diferente uma da outra.
Shorter, é o que chamo de expansor de melodia livre costurada por seus protagonistas num diálogo único, onde somente uma audição atenta é capaz de saborear tanto som.
Coisas que ele aprendeu quando fazia parte do quinteto acústico do mestre Miles que uma bela noite foi levado ao cinema por John Mclaughlin para ver o Festival de Monterey, o clássico.
E quando chegou a parte do Hendrix com aquele som todo eletrificado, pedais, distorção...
Ele disse ao John: É esse o som que estou afim de fazer...e criou o jazz-rock e o resto é simples história.
Mauro Wermelinger, que o tanto que fala é o tanto que escreve..
E foi se aproximando a hora do concerto da Japa Hiromi Uehara que supostamente viria com a minha formação favorita: Trio de baixo elétrico e bateria. A decepção se deu ao adentrar o Teatro e perceber somente um piano Yamaha de cauda inteira no meio do palco e fiquei chateado quase retornando aos concertos devidamente baixados do respectivo trio, oriundo do repositório do Youtube e como já estava lá dentro...fui em frente, a japinha entrou quente e segurou por 120' algo que geralmente não se sustenta, o tal do piano solo, tem que ter muita garra, técnica e musicalidade.
Dotada de uma técnica espetacular e numa independência absurda de mão esquerda(grave e harmonia) e da veloz e técnica direita(linha melódica), seu dedo mindinho da mão direita atinge cada intervalo surpreendente, seu estilo Stride piano é feroz, interindependente e fica claro que ela bebeu na fonte de Fats Waller e Fats Domino, fora sua incrível capacidade de fazer os baixos soarem como se tivesse um baixista tocando com ela numa técnica de boogie-woogie totalmente moderna e altamente inspiradora, seu experimentalismo é algo digno de um Cecil Taylor, empregou o piano preparado ecoando a linha de John Cage, e certamente seu "ostinato" vai além da esfera pianística muito raro de se ver e ouvir.
Enfim, a japinha Hiromi Uehara, uma descoberta pelo repositório do Youtube que caiu muito bem no meu conceito estético, sem a influência do seu lado oriental a não ser na capacidade de tocar empregando até o corpo todo e num estado de concentração e alegria que há muito não vejo.
Seu som realmente pede um trio da pesada por sua intensa troca de diálogos e nesse caso, ele trocou altos papos consigo mesma com 88 notas,brancas, pretas, sustenidos e bemóis e dentro do piano.
A japinha quebrou tudo.,
Dedicado ao amigo Thiago Cabral e Duda Neves
Em tempo: Ela abriu com o tema acima e continuou quebrando tudo ao longo de duas horas.
Certa vez, em 78, ele foi participar de um gravação, chegou cedo, ajustou seu Fender Jazz Bass fretless e ficou esperando...A hora foi passando e o produtor tenso com o atraso dos músicos.
Em dado momento, o guitarrista liga dizendo que passou mal...mais adiante, roubaram toda a bateria do carro e cancelou a gravina...E o produtor Tenso...clima tenso...
Com rara exceção...Eis algo que percebo entre os músicos e não é de hoje.
O que me deixa pasmo são os amigos ou conhecidos que só ligam para falar deles..Nem pergunta como você está...Eu, hein, é por isso, que ando me afastando...MÚSICO ENTÃO,...é um egocentrismo...E o mais interessante com boa parte do público tem percebido isso...
Foi-se o tempo que corria atrás deles, os tais amigos...Hoje, vivo no melhor estilo De ficar na minha. Recado dado...vai direto no alvo.
E por isso e por outras que cada vez menos frequentando concerto de música instrumental brasileira...É um excesso de individualismo que chega a dar pena...Outro recado dado...
Agora a tática é essa, te fazem o convite pelo Facebook e quando chega na porta tem que pagar ingresso,,,TÔ FORA.. Afinal de contas, não estou reclamando em pagar o ingresso.
E, sim, da forma dissimulada de escrever TEM QUE PAGAR INGRESSO. Na realidade ando é mesmo sem estimulo sonoro para a seara instrumental brasileira, bom pra quem executa e nem tanto para quem vai realmente ouvir aquele som executado pelo músico, e no final o som produzido nem fica na memória, perde-se durante o concerto, e com um detalhe, não é somente eu que percebo isso, o som tem acontecido no circuito off da cena instrumental da Praça Tiradentes ou no Armazém do Jazz em Realengo. Lugares como o "Semente" e o "Tribo OZ, apesar do alto nível...ainda fica muito aquém do que possa ser produzido. Fato que temos muito músico e pouco som ou velha máxima- Muita pose para pouco play. E som por som...sou mais o que rola aqui na Toca da Lapa. O que é produzido por boa parte da seara da Música instrumental brasileira ainda soa muito abaixo da linha do gráfico da produção sonora do que tenho aqui.
"Tenho uma teoria à respeito do desaparecimento da música instrumental ao longo dos anos.
Quando eu era jovem, tipo mais de trinta anos atrás, haviam programas de música instrumental nas rádios. Nas festas, sempre curtíamos aqueles vinis com músicas de mais que dez minutos, viajávamos naqueles sons.
Isso acabou. Hoje as pessoas fogem da música instrumental, acham "chata". Ao longo dos anos, conversando com muita gente, concluí que elas não gostam de pensar, refletir, e a música instrumental é perfeita pra isso. Elas querem uma letra pra cantar junto, uma ideia pra se agarrar. Desenvolver a imaginação, nem pensar.
E esses músicos "cheios de si" só contribuem pra isso."
cidadão universal,planeta terra
Sobre o autor.
Nascido em 1960, no dia 10 de dezembro, esse sagitariano percebeu algo com dez anos de idade que uma energia andava solta pelo Rio de Janeiro e precisamente em Jacarepaguá onde tudo começou a música e os movimentos sociais gerados por ela logo entrou na sua vida de uma maneira completamente pessoal, abriu-se um pavilhão sonoro sem precedente dentro desse garoto que apresentava tão pouca idade e a busca na compreensão desse universo Deu-se o processo de iniciação... Da vida com computadores na década de 80, até o presente momento, o autor nunca parou de divulgar a tão criativa década de 70 e as suas formas estéticas.
Com a máquina Olivetti Lettera 22 presenteada pelo seu avô Trajano Brandão que os anos 70 foram contados dessa forma em textos, ensaios, crônicas, ficha técnica e tudo isso permeado com discos, fita cassete, do analógico ao digital, sua visão sobre os anos 70.
Hoje com advento da Internet e mais o editor de texto do word, a situação ficou melhor.