sábado, 31 de dezembro de 2016

A FESTA DA VIRADA 74/75

FESTA DA VIRADA- de 74 para 75...No palco em Copacabana, The Allmans Brothers band abre o concerto da virada...
A Mahavishnu Orchestra é a segunda atração da noite...na praia o maior climão de paz e amor permeia o ar....Todo mundo celebrando a chegada do novo ano...O Brasil ainda em plena ditadura. contudo, aquele clima woodstockeano totalmente no ar...Pessoas nuas correndo pela areia...casais fazendo amor na beira da praia...A Era de Aquarius bem viva...Uma turma de Haribôl emana mais paz e amor... Muitos conhecidos ainda muito jovem e cheio de energia...

Farta comida natural, sucos, vinhos, pessoas de bem e a maior segurança nas areias...
Ao final da queima de fogos por meia-hora...Frank Zappa e os MOTHERS OF INVENTION fecham a FESTA DA VIRADA.

Escrito agorinha enquanto ouvia o tema "HEJIRA" da Joni Mitchell;

FELIZ 75 AO POVO.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

SOM OU MÚSICA? UMA VISÃO..


Som e música é a mesma coisa?
Na minha geração e concepção, não.
Quando ia na casa de um amigo, ou quando alguém passava lá na primeira Toca em Jacarepaguá, onde fui morar em 1970, onde comecei essa onda toda(Na famosa Rua Pinto Teles, 387 bloco a apto 402.) O papo era esse: Vamos escutar um som, coloca um som, vamos ouvir que som? quando a referência era um vinil ou no cassete cromo ou metal, ai era som.
Quando ligávamos o rádio era música, não tínhamos o controle do que gostaríamos de escutar. 
SACARAM??
Preciso desenhar? 

E nos dias de hoje continua sendo som, já que escolho o que ouvir o tempo todo.
Na boa...ouvi muito disco, comprei vinil na base do rateio onde alguns contribuíam, era assim que funcionava, um ajudando o outro a ter aquele disco.

Sem esse sentimento de posse que alguns 'colecionadores','especialistas' ou xiita sonoro tem. Não curto essa galera de jeito nenhum e nada tenho a aprender com eles, colocam a grana na frente do som e na boa, criam um sentimento de uma posse obtusa.
Aprendo de verdade com os humildes irmãos de som que tenho por aqui e pelo mundo.
Na boa 2, nem precisamos colecionar nada...basta passear pelo youtube...


Hoje pode não ter...com certeza amanhá terá...

Onde aprendi de fato, lendo e decorando interminável ficha técnica de discos...
A internet acabou com a supremacia, nivelou as tribos, hoje os índios tem autonomia e os caciques perderam.


quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

EU TENHO UM SONHO...

Se ganhar na mega-sena
Construo um teatro com a melhor luz, o melhor equipamento.
Com concerto do jazz ao rock, do choro a MPB erudita, do fusion ao progressivo.
Totalmente imparcial em relação ao estilo, desde que passe pelo meu crivo.
Segue a programação
terça- Choro.
quarta- rock, blues, experimental.
quinta- Som progressivo
sex- Jam session com músicos convidados
sáb-Música instrumental brasileira/jazz
dom- Música clássica/erudita.

Na boa...eu supervisionando um teatro com ênfase a música de qualidade, não ia ter pra ninguém e com grana é melhor ainda.
Assim derrubo o cartel instaurado, como  também, não vou precisar de lei de incentivo à cultura, de apadrinhamento.

Um Teatro livre do sistema, o primeiro teatro verdadeiramente contracultural e musical.


Sonhar não custa nada e tenho jogado.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

OS ANAIS DA TOCA DA LAPA PARTE 1


O acervo audiovisual da Toca da Lapa, hoje quase não cresce no plano físico, em compensação no plano digital e virtual sobra espaço. 

O mais complicado é gerenciar tanta coisa nas "nuvens" em HD externos, agora tem uma vantagem: exercita a memória o tempo todo como um jogo de adivinhação: Onde estará tal filme?tal concerto, e aquela entrevista...onde se meteu aquele artigo, e o pdf sobre algum assunto da organização do conhecimento, e o texto sobre a história do rock, onde vai parar tal foto...é uma loucura e o mais engraçado encontro tudo...são dados e mais dados dentro desse universo.

Adicionando o primeiro recorte de jornal ainda em 1970...o acervo hoje tem 46 anos de existência...Foi desse primeiro recorte que nunca parei e acompanhando na boa a evolução dos formatos, dos computadores...de quase todas as formas de armazenagem e preservação , VIREI UM ARQUEÓLOGO DIGITAL E VIRTUAL.

E detalhe: quase sempre encontro o que quero.


 E outro detalhe, NUNCA PERDI NADA, NADICA tenho arquivo guardado e funcionando bem, desde de sei lá quando...

Tudo aqui é feito para a preservação da memória digital audiovisual e literária que comecei a construir ainda no tempo do mundo analógico e sigo nessa até hoje.
É um trabalho dedicado, tem curtir muito.EU CURTO.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

OS IRMÃOS NAZÁRIO, OU O GRUPO UM


Um dado curioso dos irmãos Nazário: Lelo e Zé Eduardo Nazário


Ambos fizeram parte de três dos maiores projetos musicais criativos.

Passaram pela Escola Gismontiana, Hermetiana e um terceiro chamado Paul Brasil.

Além do bem sucedido Grupo UM. Fora o projeto individual de cada um.

Uma característica da estrutura estética do Grupo UM é fruto da Escola Européia muito pelo lado cerebral do Lelo Nazario, dono de uma personalidade sem precedente, um dos poucos pianistas e tecladistas que ao tocar a primeira nota você percebe, eis o Lelo Nazario e totalmente off ao Mercado predatório do insosso cenário musical atual. Fora seu momento nerdesco por lidar bem com sistema de composição por computador aliado ao seu alto grau de concentração e conhecimento do espectro musical e sonoro, criando uma textura única, o que chamo de Nazarius Sounds
Além disso, trabalhou com uma estrutura complexa e fechada sem abrir mão da contemporaneidade da improvisação coletiva beirando ao estado Free em relação ao GRUPO UM.

Outro dado curioso: O caso dos irmãos Nazário parece ser o único onde dois irmãos em plena atividade de sua função, no caso Piano e bateria ditam uma forma estética que poucos ou quase nenhum transitam, indo no sentido antagônico do instrumental previsível Brasileiro. trabalham numa camada de Deep Web da música criativa, onde poucos acessam e captam sua essência que precisa de um audição ou melhor percepção criteriosa para entender o que o emissor pretende, gerando uma mensagem em código único e aberto para uma recepção continua de um fluxo sonoro ímpar.