terça-feira, 30 de setembro de 2014

MINHA MENSAGEM...

Agora...legal disso tudo, é saber que sempre tem uma galerona ávida por essa época...oraaaa se tem...
Ai...cumpro o meu papel. Disseminar tudo que vivi e ainda vivo.
Tenho certeza que é a minha missão e de outros por aqui.
Os anos 70 nunca tiveram tão vivos com o advento da WWW.
Afinal de contas, foi a turma dos anos 60/70 que ajudaram a construir essa seara setentista virtual.
Caras como Tim Bernes- Lee, John Perry Barlow, que lançou o MANIFESTO DA INTERNET e um sujeito que ligou o botão do" F" e afirmou que a melhor coisa que ele fez na vida foi tomar um ácido(STEVE JOBS) Jim Clark, Marc Andreessen... Depois vieram o
MOSAIC...NETSCAPE, NAPSTER, GOOGLE, YAHOO...E POR AÍ VAI...
Vejo na WWW, UM GRANDE PORTAL DO CONHECIMENTO DESSE UNIVERSO DE UMA DÉCADA CRIATIVA EM TODAS AS FORMAS DE ARTE, DE COMPORTAMENTO, DE UMA LIBERDADE BACANA, DO SEXO SUPER-LEGAL, E TAL..TAL...TAL...

Ao sentar no computador, o fundo musical é sempre aquele de sempre...o cd player rodando direto. sons...sons...sons...
Na minha época era somente o som...não tinha a imagem dos anos 70...HOJE NA INTERNET E PRINCIPALMENTE NO REPOSITÓRIO DO YOUTUBE...encontro qualquer coisa daquele período. Nas redes sociais, divido o meu "pequeno mundinho" com muita gente...muita mesmo... Agregar sempre...é o ponto chave. A PALAVRA-CHAVE paz, amor, arte, espírito, natureza, fraternidade, tecnologia, analógico, digital, tecnologia de informação, ciência da informação., livros e muita CAMARADAGEM coisa que anda faltando em 2014...E na década de 70/80...Tinha sobrando...
Hoje imerso nesse mundo que criei em 1970, Tinha 10 anos...O SALDO DISSO TUDO : .ESTÁ VALENDO A PENA CHEGAR NO QUASE 54 ANOS do mesmo jeitinho que quando tinha 13, 14,15 anos...Estou apenas ficando "UM JOVEM SENHOR" isso é muito legal!!
Dedicado a Carlos Ferreira, por compreender as minhas ideias e a filosofia na qual compactuo.
Aos amigos sonoros Claudio Cunha Mario Treglia Fernando Medeiros Duofel Fernando E Luiz Marcos Junior Arthur Garrão Mauro Braga...puxa!! é muitaaaaaaaa gente!!
É tanta gente que nem cabe aqui...VALEU!!!
Aos meus dois gatos Sil e Jerry Garcia.
E um quarteto bem especial: Mario Gama Bianca Pinheiro Nayana Pinheiro e o Fred Cáfaro



Verdade seja dita...sinto muita falta daquela época...apenas isso.

domingo, 28 de setembro de 2014

Ainda sobre o Soft Machine

O Soft Machine foi além dos paradigmas impostos pelo jazz-rock progressivo dos anos 70. Músicos arrojados na concepção dos temas com base na improvisação livre. Sofreu poucas modificações ao longo da sua trajetória puramente instrumental.
Mike Ratledge nos teclados, Robert Wyatt e John Marshall na bateria, Hugh Hopper e Roy Babbington no baixo, Elton Dean e Karl Jenkis sax.
O grupo gravou vários discos ao vivo e sempre demonstrando alto grau na improvisação coletiva.
Traço um paralelo com Hermeto Pascoal com a formação que elevou suas composições, altamente criativa ao mais alto grau de improvisação coletiva com a formação que estabeleceu-se entre 1981-1993.
Gerando alguns discos arrojados e concertos pelo Brasil e pelo Mundo. Foi nessa época que foi concebida a primeira dissertação sobre o período citado intitulada "A MÚSICA EXPERIMENTAL DE HERMETO PASCOAL E GRUPO(1981-1993) Concepção e Linguagem- Luiz Costa Lima Neto(abril 1999).


 https://www.youtube.com/watch?v=CKDuevCr90Q




domingo, 21 de setembro de 2014

PASTORIUS, um breve comentário- 27 anos.



Pastorius, um breve comentário:
Ainda lembro-me muito bem...corria os anos 80...já havia visto os meteorologistas em ação no RIO JAZZ MONTERREY FESTIVAL, no Maracanãzinho..e praticamente vi e ouvi ao vivo o disco duplo 8:30...clássicos da era fusion Pastorius Teen Town, Scarlet Woman, Slang, Birdland, A Remark you made, Black Market...o ar sonoro respirava sem auxílio de oxigênio tamanha a qualidade dessa atmosfera...os anos 80 seguia...No dia 21 de setembro de 1987 já bem habitué da usina sonora do Hermeto Pascoal, soube pela manhã cedinho...custei a acreditar que um segurança de uma boate em Fort Lauderdale tinha ceifado a voz única e moderna do baixo elétrico sem trastes...JACO Tinha sido convocado às pressas para fazer as linhas de baixo da BIG BAND CELESTIAL.
O RESTO ENTROU PARA OS ANAIS DA ERA PASTORIANA DO BAIXO ELÉTRICO. 01/12/51+21/09/87- 27 ANOS DEPOIS seu baixo continua ecoando nas ondas da WWW.











domingo, 14 de setembro de 2014

Sobre Jovino Santos Neto...um pequeno texto.





Jovino trilha sempre pela contramão dos caminhos propostos pelos pianistas. Com formação universal pela Escola Hermetiana Hermeto Pascoal. Parte sempre do nada e com a mente livre e altamente concentrada, tece linhas interessantes com acentuação pontuais na mão esquerda e sempre frisando a rítmica. Com a mão direita percebe-se a brasilidade e mesmo residindo em Seattle, completados recentemente 21 anos, não adquiriu o sotaque da música americana calcada no jazz e suas vertentes.
Nesse pequeno vídeo, alta produção de imagem e som reflete bem a sua proposta de som e a estética puramente Joviniana.




sábado, 6 de setembro de 2014

Sobre os discípulos da Usina Fusion de Miles Dewey Davis III

A usina fusion de Miles Davis, gerou vários construtores sonoros de uma linguagem universal e altamente instigante.
Chick Corea que enveredou entre o som fusion mesclado com flamenco e o latino.
Keith Jarrett preferiu o elemento acústico e lançou-se em um voo solitário e com o seu trio.Primeiramente, com Paul Motian na bateria e Charlie Haden no baixo.
Em seguida, um longo casamento sonoro completado com Gary Peacock no baixo acústico e Jack DeJohnette na bateria.
Jack DeJohnette colocou sua bateria à serviço de grandes projetos musicais desde do selo ECM com o seu Special Edition, até a extensa participação nos grandes combos do jazz contemporâneo.
Airto Moreira, que colocou a percussão brasileira nos anais do jazz fusion-latino.
E Dave Holland que ao meu ver é o mais contemporâneo e cerebral dentre eles.
Da época do "Do melhor som depois do silêncio" passando pela Dave Holland Big Band, Dave Holland Quartet, Dave Holland Quintet e no seu atual projeto PRISM
Jazz contemporâneo sem o menor pudor instrumental.


terça-feira, 5 de agosto de 2014

SOBRE O QUE PENSO DO SOM

A música vai muito além do gosto disso e não gosto daquilo...Fulano toca mais...beltrano toca menos...o jazz é tudo...rock é melhor...que nada MPB que é o grande lance...nada disso...prefiro progressivo...blues é mais simples...A música erudita é a mais pura...

TUDO ERRADO...A música vai muito além disso: Requer estudo, dedicação, imparcialidade sonora, inventividade e amadurecimento. ISSO LEVA TEMPO E BOTA TEMPO NISSO.
E UM PÚBLICO EDUCADO A OUVIR O QUE ELA TEM DE MELHOR...
TEM MUITO MÚSICO...E POUCA MÚSICA...

  • Mauro Wermelinger Mais importante do que conhecer o trabalho de um artista(no caso) o músico é ter capacidade de entender a sua proposta musical.
    Não creio que muitos tenham desenvolvido esse tipo de percepção. Isso leva tempo...horas e horas ouvindo, pesquisando, discu
    tindo e tal...tal...tal...
    No meu tempo, ouvia-se sons de 20 ' ou mais...hoje soa tudo tão rápido que mesmo o cara não estando nos seus melhores dias O PESSOAL APLAUDE...é tudo ligado no automático...Os sons passam e quase nada foi captado...Somente o momento. As pessoas falam demais nos lugares, ostentam pelo valor pago no ingresso, ficam com aquela ar posudo, sorrindo sem parar...discute-se de tudo...menos o som em questão.

    Nessa seara tem a turma que realmente sabe ouvir e entender a introdução do tema, desenvolvimento do improviso e a conclusão final.

    É assim que procede-se em todas as esferas da arte pura.



    Para mim tem o mesmo valor em ouvir De Hermeto Pascoal a Led Zeppelin.
    De Keith Jarret a Black Sabbath.
    Do Deep Purple a Mahavisnhu Orchestra.
    São não curto aquela onda do rótulo, gosto disso e não gosto daquilo, fulano toca mais do que sicrano.
    Tudo uma tremenda babaquice...
    GOSTO DE SOM...E PONTO FINAL.
      
     Engraçado que teve um tempo na minha vida que era conhecido como o cara do jazz, do Hermético Hermeto...nunca fui nada disso..SOU DO SOM...SIMPLES ASSIM...



    Sou eternamente grato pelo som que sempre ouvi...Foi por ficar dentro de um quartinho 2x2 em Jacarepaguá, que livrei-me de todas as mazelas do mundo
    Consumo desenfreado , vícios, vida mundana, modismo.conversa fiada, ócio, inveja...ao contrário disso resolvi propagar o conhecimento, a boa apreciação musical e sem querer e quase que naturalmente...TEM SIDO ASSIM.
    E com o advento da WWW ficou evidente que a minha missão é essa.
    E vamos em frente que atrás vem som...


  • Myriam Hudson Perfeito, Mauro! Sinto isso no meu dia-a-dia de admiradora das artes, principalmente da música.
     1
  • Roberto Rutigliano muito bom...vou enviar para um ex-aluno roqueiro..

quarta-feira, 30 de julho de 2014

EXISTE O SOM

Existe ainda som de qualidade nesse lamaçal sonoro que encontram-se o mundo musical.
Isso não é somente um problema do Brasil, e sim, um problema Mundial.
O som tem sido na maioria das vezes nivelado por baixo. Falta compositor, composição, sobram músicos capacitados, alguns meramente cópias dos seus prediletos, outros que andam acima da linha do gráfico em supremacia sonora criativa. Em uma outra esfera um grupo deles acham-se superiores em tudo que fazem e menosprezam os trabalhos de colegas de profissão e assim o que fazem soa um tanto insosso que chega a dar sono zzzzz.

A música precisa de algo muito mais que o supracitado é preciso de construtores sonoros de uma linguagem sempre criativa e um público educadíssimo para diferenciar o segmento original de um mero musicista que faz do seu som um mergulho ao universo nefasto da Egotrip.
Pois, eu já estou de saco cheio diz que Deus, diz que dá, diz que Deus Dará...não vou duvidar o nega...Deus dará, Deus Dará...

É isso aí..



 Adendo por Adão Rodrigues.

O músico novo precisa estudar. Os gênios nasceram e já morreram. Tudo que tentarem fazer aqui agora, vai ser cópia. Nem releitura, que tem valor artístico, mas não tem novidade, irá sobreviver. Vejo um árduo e distante caminho se desenhando, mas é uma semente! A música na vida das crianças! Começando na escola… entre matemática, geografia, história, ciência e outros trecos. A verdadeira música vai voltar, tenho fé em Deus!


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Sobre o tal papo do Concerto do ano...


Pegando a conversa de um amigo:

Todo artista ou forma de arte tem essa velha máxima
"O CONCERTO DO ANO"
" O FILME DO ANO"
E não sei mais o quê do ano.
Ou aquele papo de: o meu som é o melhor...Com essa banda não tem pra ninguém, faço a melhor música do mundo...e tal...tal...tal...
Tudo CF(Conversa fiada)
Muitos do que propagam isso, sabe-se lá se o seu som vai ser lembrando daqui um ano, quanto mais daqui uma semana.
E por muitas vezes no dia seguinte já caiu numa quase totalidade de esquecimento.

Claro que isso puro marketing, todos falam assim das suas produções.
Nesse mercado da arte existe uma falsa impressão que todos se dão bem e que respeitam-se.
O que não reflete a verdade- É sempre um menosprezando o trabalho do outro via terceiros.
Muito comum no meio musical esse tipo de comportamento.
É um mercado altamente predatório.Por trás de um aperto de mão ou um abraço Existe uma dose de inveja de ambos os lados e um torcendo para algo dar errado.
Certamente, temos sempre aquelas boas e excelentes exceções.

TENHO DITO.

Mauro Wermelinger, alinígena do PLANETA PSYCH OUT que vê tudo isso uma grande bosta...








Uma coisa é certa nesse mercado predatório da música em especial a instrumental nunca me enganou.
Por trás, daquele sorriso idiota que o músico esboça (não são todos) existe um somzinho chato de doer e uma vontade imensa que de estar um no lugar do outro ou sei lá mais o quê.
UM DIA REVELO A VERDADE DOS BASTIDORES...XIIIIIIIIIII QUE MEDA!!!









domingo, 15 de junho de 2014

GRATIDÃO...APENAS GRATIDÃO.

Comentário.
A minha convivência com essa atmosfera, deu-se em 1970. Tinha 10 anos era o mais novo da turma que girava em torno de 15, 16,17 anos todos voltados para uma vida diferente...segui essa vibe...Com as rádios ELDO-POP na FM e o programa 60 minutos de música contemporânea e o acervo sonoro da BBC, as portas da percepção foram escancaradas. O grande BIG BOY também colaborou com a Rádio 860 Mundial...Entre os estudos formais, um mergulho nessa literatura musical que vinha em forma de periódicos...horas e horas decorando ficha técnica de discos também foram pontuais, papos, os concertos, tudo..sou eternamente agradecido.
Essa vida me pegou em 1970...e até hoje dita a ordem estabelecida e coloca-me fora das coisas erradas, do efêmero e da agitação em que nada contribui..

GRATIDÃO PELOS SONS QUE DITAM A MINHA VIDA ATÉ HOJE.

Mauro Wermelinger, cidadão universal que veio do PLANETA PSYCH OUT e resolveu ficar nesse planeta exatos 53 anos...Tem horas que ele é muito chato esse Planetinha Terra. Contudo, tem coisas nele que vale a pena.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

SOBRE AS MULHERES DA MINHA VIDA...

Sobre as mulheres da minha vida...


Na metade dos anos 60...em plena ebulição da contracultura, estava em São Francisco. Muitas bandas surgindo, gente louca, protestos e no número 69 da Haight-Ashbury  conheci uma cantora incrível que viria a ser a minha primeira namorada seu nome Grace Slick, oriunda da banda Jefferson Airplane, juntamente com Jack Cassady, Jorma Kaukonen e Paul Kantner.
Grace era incrível, dona de uma personalidade ímpar, olhos azuis e muito inteligente, era uma verdadeira representante do acid-rock e fui viver com ela
Acompanhei a banda para o Festival de Monterrey. Foi o primeiro festival do que viria ser o ínicio da ERA DE AQUÁRIO e  tudo ia bem...até a entrada do BIG BROTHER&HOLLDING COMPANY com uma cantora num terninho lamê,  pensei: Seria uma banda com mais uma cantora e nada ia superar a minha Grace. Quando ela abriu a boca no tema BALL AND CHAIN...estava ao lado de Cass Elliot do Mama's and Papa's e disse UAU!!! o que é isso?? perguntei a Cass, ela me disse: é uma cantora de São Francisco, chamada Janis Joplin, eu mais uma vez disse UAU!!! Logo adentrei ao camarim e percebi que ia ser uma paixão em 12 compassos. Conversamos, rimos, e logo ela disse: Cara, gostei de você, o que tu vai fazer hoje? Deu prá adivinhar onde fui parar naquele dia com Janis, Em Monterrey.

Mais tarde... soube que Grace e Janis eram amicíssimas e tratei logo de falar a verdade para ela que prontamente entendeu e seguiu em frente com Jefferson Airplane em seguida fomos a Woodstock naqueles três dias na FEIRA DE ARTE E MÚSICA DE WOODSTOCK. Foi um festival magnífico que entraria para os anais da História da Contracultura e dos movimentos pacifistas.
Os tempos foram mudando e fui acompanhando essa evolução, numa dessas andanças em Londres,  me deparei com uma cantora meio lírica, meio popular, com uma voz de soprano bem afinada, linda de cabelos escorridos do jeito que sempre gostei estava com uma banda da pesada,  intitulada Renaissance. Longos temas, complexidade nos arranjos e com um baixista da pesada. Seu nome, Jon Camp,  que logo tratei de pegar umas aulas com ele.

Ela me convidou para ver um ensaio da banda e lá permaneci. E como sou muito desligado, somente mais tarde perguntei o seu nome onde prontamente ela esboçou um sorriso e falou: Sou Annie Haslam, muito prazer, estendi a mão e fomos a um pub londrino e ficamos conversando sobre um som que estava  transformando  inúmeras bandas. Fazendo uma fusão de música clássica, folk, música celta, longas passagens instrumentais que estava recebendo a alcunha de ROCK PROGRESSIVO e passei a gostar desse som...nem de longe soava como as bandas de São Francisco, exigia uma audição mais refinada por causas das grandes mudanças de compassos, forma e estrutura. Fui ficando fascinado por esse som e cada vez mais louco por Annie, moramos juntos numa aldeia em Yorkshire.Muitos concertos, gravações e muito amor com esse anjo do grupo Renaissance e fomos felizes por um longo tempo.Certa vez...na Alemanha, uma banda recém-formada foi convidada a abrir a temporada de concertos do Renaissance.
Um grupo razoável com uma morena de cabelos escorridos e cantando num tom mais grave e som mais agressivo.
Nos bastidores  perguntei o nome dela para o Manager, ele prontamente me disse SONJA KRISTINA que liderava esse grupo o CUVERD AIR com Darryl Way no violino elétrico. Gostei da banda, ainda mais da sua vocalista.Não sabia o que dizer para Annie e mal conhecia Sonja. Findada a excursão...fui me chegado em Sonja que prontamente se mostrou solicita a mim e fomos nos envolvendo, quando ela me reportou: Estou precisando de um roadie, quer vir conosco? na hora respondi: Sim!!! e num impulso, dei-lhe um beijo que ela foi aceitando prontamente e com uma linda piscada deu prá entender tudo.Tive que levar um papo sério com Annie. E mais tarde, o Renaissance de um lado e nós de outro para mais uma série de concertos.Logo terminou, pois namorar cantoras de rock progressivo estava me dando muito trabalho, pois elas são mais cerebrais, pensam o tempo todo, filosofam muito...e tratei de ficar sózinho e seguindo  estrada.
Comecei as minhas andanças em Laurel Canyon, quando entrei num bar e parei prá ver uma cantora super-afinada tocando um violão de aço com afinação alternada e que estruturava  acordes sem muita dificuldade, letras inteligentes e sofisticação. Era então, casada com o cantor Chuck Mitchell e logo tratei de saber mais sobre ela...nesse meio tempo, a mesma se separou e passamos a andar juntos, primeiramente como amigos e mais tarde acabamos por ficar juntos.

Ela estava sempre inquieta com o seu som e sempre que podia  dava a  força que precisava. Uma certa noite, estávamos ouvindo um disco do Charlie Mingus,  logo ela teve um estalo e me revelou: Maurito, vou colocar letra em alguns temas do Mingus o que você acha?  dei um belo sorriso e afirmei...se vai tentar fazer isso, convoque aquele baixista que gravou contigo o disco HEJIRA. Claro!! que pensei logo nele, o Jaco, sem ele não tem o menor sentido esse disco e assim  foi feito- MINGUS foi um grande projeto da vida dela com Hancock, Shorter, Erskine e pude ver tudo aquilo de camarote petrificado com a genialidade desses músicos.Saímos para um concerto que viria ser um marco na sua carreira, um lugar lindo com palco natural e um platéia atenta. O Santa Bárbara County Bowl, em 1979 que culminou no disco "SHADOW AND LIGHT" Para esse concerto, ela montou uma banda da pesada com Pat Metheny, Michael Brecker, Don Alias, Lyle Mays e o Jaco quebrando tudo.Temas como Black Crow e Coyote ilustram bem o que foi aquele concerto. A minha vida ao lado do Joni Mitchell foi uma das melhores, simplicidade, sofisticação, beleza e doçura, tudo isso foi Joni Mitchell em minha vida.

Um breve namoro com as irmãs de Seattle Ann e Nancy Wilson com seu grupo Heart, que misturava ecos do Led Zeppelin com baladas próprias.Elas obtiveram um certo sucesso com o tema  "BARRACUDA".

Os tempos foram mudando, e já tinha findado os anos 70, 80 e os 90 prometia tempos nebulosos na música e na minha já falida relações com mulheres fantásticas e geniosas. Então... resolvi ir para Big Apple, Nova York, onde as coisas ainda aconteciam,  fui trabalhar no programa da SONY TELEVISION,  o famoso SESSION AND THE 54th e lá conheci uma cantora e pianista chamada Fiona Apple, que não durou muito, pois ela acabou ficando com sua assistente que também era a maior gata e aceitei essa decisão plenamente, afinal de contas, sou livre e aberto e acabei por retornar ao Brasil.

Foi quando tomei uma decisão: Nada de cantoras, sexo se tiver, alguma droga(depende qual) e música  muito além do ROCK.
Me envolvi com uma pessoa fora desse mainstream e fiquei por dez anos...Hoje...com  quatro anos soltos pelo mundo ainda procurando a minha musa...enquanto isso...vou ocupando o meu tempo, escrevendo, produzindo e cuidado do meu gato SILHIPPIE.

NO CÉU...OS BEATS CONVERSAM...

NO CÉU... OS BEATS CONVERSAM...



Enquanto isso...NO CÉU...
Ginsberg, Kerouac, Cassady no maior papo.
- Ginsberg...Jack...lá no Brasil fizeram um filme prá ti.
- Kerouac...eu soube Allen...até que enfim né???
- Cassady, dirigindo como sempre, falando sem parar, guiando com a esquerda e um baseado na direita.
- Allen, sim, mas que merecido...você escreveu ON THE ROAD o mais importante livro da nossa geração.
- Allen, esse Walter Salles deve ser um admirador do movimento beat.
- Kerouac, sim...uma pena não posso descer para cumprimentá-lo.
- Allen, é mesmo Jack, estamos aqui em cima e nada podemos fazer.
- Allen, mas fico feliz por ver a nossa obra de volta no ano deles.
- Kerouac, em que ano que eles estão??
- Allen, 2012 Jack... Nossa Allen !!!...o mundo já chegou nesse ano?
Sim...Jack e o melhor disso tudo...ainda estão lendo os nossos livros...fizeram até um filme prá mim.
Lá na Terra tem uns doidos que ficam sempre postando num tal de facebook sobre nós..Claudio Cunha com cara de agente federal, um tal de Mauro Wermelinger que mais parece uma figura de HQ...Dois coroas da pesada Adão Rodrigues e Mario Pinheiro um cara boa praça de sampa Arhur Arthur Garrão
e mais uma mulherada inteligente e as maiores gatas Leonora Meirelles Ana Dytz Patricia Rebolo Medici Ana Alves Sueli Netto Edite Coelho
E ainda tem um estudante de História que devora tudo nosso Pedro Pessanha.
Legal!!! Ginsberg...vamos esperar esse Walter Salles subir prá cá para vermos esse filme...





sexta-feira, 16 de maio de 2014

COMO VEJO O SOM

Esse lance de som...de gostar...de sacar...de ser aficionado...de correr atrás...
É de cada um.
O lance da minha geração era assim...ficar ligado no som sempre.
Não tínhamos internet. Tv por assinatura, torrent, Youtube e tal..tal...tal...
Era livro, periódicos, discos, cassetes e muitooooooooo papo na esquina.
A turma do som(HOJE) gira em torno de 50 até 60 anos...claro que não são todos.
Era os diferentes que ficavam contra o estabelecido. Essa garotada cresceu e veio a tecnologia(no meu caso) acompanhei isso de perto- Profissão original- Operador de Computador em Sistema DOS MAINFRAME.(Por 20 anos)
No meu caso...NUNCA PAREI...ENTENDERAM??
Venho acumulando coisas desde de 1970...o resto é história..
Basta abri as páginas desse perfil...Tem material publicado desde 2009.
Imagina o quanto de informação tem aqui...Nem precisa procurar no Google ou no YOUTUBE...

segunda-feira, 5 de maio de 2014

ALGUMA COISA FORA DA ORDEM.

Enquanto isso...A GUERRA CIVIL URBANA continua imperando...O PAÍS CAMINHA PARA O CAOS, SOBRE O CAOS E GERANDO O CAOS. O PAÍS DA ESCULHAMBAÇÃO CHEGA NO SEU AUGE...AS UPPS FORA DE CONTROLE, A POLÍCIA IMPOTENTE, A TERRA DE MARLBORO CHAMADA BRASIL E A CAPITAL DA COPA RIO DE JANEIRO...CAMINHANDO SEM LENÇO, SEM DOCUMENTO E SEM NADA. NÃO TEM MAIS O CAMINHANDO E SEGUINDO A CANÇÃO, BRAÇOS DADOS OU NÃO...TUDO FORA DA ORDEM ONDE TUDO SE CONSTRÓI E JÁ É RUÍNA. JÁ NÃO VEJO MAIS O CORCOVADO...AS ÁGUAS DE MARÇO CHORANDO O VERÃO QUE SE FOI...O INFERNO É AQUI...MAIS QUE DANTE...NAS COMUNIDADES, POLÍCIA MATANDO A TRÊS POR QUATRO. TALVEZ SEJA COMO JOBIM...A SAÍDA DEVE SER O AEROPORTO QUE ANDA ALTAMENTE SUCATEADO. OS BANDIDOS DITAM A ORDEM PARA CAUSAR O FORA DA ORDEM... NADA CONTINUA, O CAOS SIM...ALGUMA COISA ESTÁ FORA DA ORDEM REALMENTE NESSE PAÍS...INGOVERNÁVEL, SISTEMA DA CANTAREIRA SECANDO A CADA DIA...MEUS IRMÃOS E IRMÃS DE SAMPA SOFRENDO O CAOS ESTABELECIDO. AQUI NÃO É O URUGUAI...NÃO TEM UM JOSÉ MUJICA. TEM DILMA, CORRUPÇÃO, COMPRAS IRREGULARES, INFLAÇÃO ESTABELECIDA...MANTEGA DECLARANDO QUE TUDO ESTÁ DENTRO DA ORDEM... ELEIÇÃO CHEGANDO...NÃO COMPAREÇAM... TUDO ANDA FORA DA ORDEM...E MUITO ISSO ME ENTRISTECE. Mauro Wermelinger, idealista por natureza, mas que beleza que transpõe sua tristeza em forma de texto e em tempo real... BOA NOITE...NADA A DECLARAR... E TENHO DITO...E SEMPRE TENHO DITO...

sexta-feira, 2 de maio de 2014

CAPTAÇÃO EM VÍDEO POR MAURO WERMELINGER

Meio de folga hoje...coisa do feriado referente ao 1 de Maio...o som rolando aqui na TOCA DA LAPA via TOCA DA LAPA FILMS desde de 6 da manhã...é um CD atrás do outro...Pérolas e mais pérolas sonoras... A certeza que sempre estive nessa onda...uau!! são 53 anos nessa e quarenta e três ouvindo som praticamente sem parar...E bem-aventurado por conhecer e ser chegado aos maiores criadores sonoros brasileiros... Sem vocês...o que seria de mim??? De Led Zeppelin a Hermeto Pascoal...De Jaco a Dudu Lima passando por Adriano Campagnani Perfil II da guitarra picada de John McLaughlin a brasilidade sem igual de Heraldo Do Monte das frases bem-humoradas de Arismar Do Espirito Santo do Rock progressivo ao Instrumental brasileiro. Do jazz ao tudo...Do piano elegante de Itamar Assiere até chegar ao piano cerebral de Vitor Goncalves, Grupo Bamboo do baterista nervoso Alex Kantorowicz Buck ao Nenê Trio...até o Violão Livre de Duofel Fernando E Luiz São tantos sons e músicos que não cabe aqui... Apenas agradeço pela existência de vocês...obrigado, mais uma vez.

sábado, 12 de abril de 2014

ANOS 70...

Profusões e espectros sonoros...ecos...estética incomum...história...marco...improvisação, criatividade, ousadia, músicos à serviço do som...período fértil...do jazz ao rock, da mpb criativa, da vanguarda instrumental...dos longos temas progressivos...Essa foi a década de 70...uau!!! que década. Em dez anos ELES OUSARAM E FIZERAM A HISTÓRIA DA MÚSICA MODERNA. O que veio depois...SEI LÁ...(e sinceramente, nem me interessa tanto) apenas me mantenho conectado com o som posterior a isso.