quinta-feira, 22 de junho de 2017

JANIS- NO OI FUTURO...OU DE VOLTA AOS ANOS 70.

De fato o espetáculo Janis surpreende por vários aspectos:
 O Contexto histórico do monólogo-concerto-espetáculo que permeia em detalhe a vida de Janis Lyn Joplin (Pesquisa sublime) de Diogo Liberano que teceu a história perfeita de Janis, não esqueceu nem sua aparição no Programa Dick Cavett Show, suas cartas para sua mãe e familiares, o detalhe dos gatos, seu drama...enfim, tudo muito detalhado.
Sobre Carol Fazu revivendo Janis Joplin.
 A interpretação e dote vocal da protagonista Carol Fazu reencarnando Janis sem ser caricata, expressão facial, modo de dançar, pronúncia perfeita das letras, amor, devoção e entrega pelo Universo Joplineano. Carol Pazu passa uma credibilidade sem precedente, como um atestado de qualidade indiscutível e indescritível ao retratar Janis, o mais interessante: Duas cantoras brancas soando negroíde a cada canção, a cada lamento, é o Grito do Escravo negro norte-americano sofrendo na plantação de algodão e nesse sentido, ambas são fidedignas. Além de uma potência vocal que alcança uma extensão surpreendente  no modo de cantar e interpretar Janis Joplin, Seu timbre é forte e bem afinado.
Sobre a equipe técnica que compõe o monólogo-concerto-espetáculo destaco:
Um figurino belíssimo pela equipe de Humberto Silva Jr onde realmente Carol Fazu é a própria Janis e ainda um salve para a preparação vocal de Patricia Maia que soube extrair toda a musicalidade da protagonista que sabe o que faz o tempo todo.
Sobre a banda:
Uma formação exemplar tudo muito bem tocado, indo além do Big Brother&Holding Company, sustentado por um baterista cuidadoso, timbre belíssimo com Eduardo Rorato.
Um guitarrista canhoto de 19 anos Arthur Martau tocando muito e um timbre simplesmente divino. Antonio Van Ahn pilotando um teclado com um som de Hammond emulando uma caixa Leslie perfeito, o sax tenor  de Gilson Freitas colocado com maestria nos temas em que o instrumento é exigido por conta do arranjo original...e o baixo elegantérrimo de Marcelo Müller sustentando e fraseando no momento certo.
Se Janis Joplin precisou de uma banda melhor do que a formação original do BBHC adotando a furiosa e competente Full Tilt Boogie Band para expandir seu canto e performance, no Monólogo-concerto-espetáculo  “Janis” isso não é necessário, a banda decola com ela durante os 80 minutos.
Tudo soa perfeito demais.. O monólogo-concerto-espetáculo  suplanta o distorcido  “é parecido”, “soa igual”...Tudo vai muito além do quesito comparativo...Tudo é vivo demais...Agora abrir com "Ball and chain" fez as lágrimas descerem..."Summertime" é ponto alto do espetáculo-concerto em meio ao alto nível apresentando.
Aspecto técnico:
Em relação à parte técnica, algo realmente belo de ser ver, ouvir e sentir, começando pela iluminação é um espetáculo à parte a cargo de Fernanda e Tiago Mantovani, o som por Branco Ferreira soa limpo, claro e sem perder o punch dos anos 70.
De fato, o mundo acabou nos anos 70 e no Oi Futuro com Carol Fazu e essa banda... Ela vive por 80'.  Foi duro ficar sentado e a emoção tomando conta a cada intervenção de Carol e os temas sendo costurados com maestria.

#JANISVIVECAROLFAZU

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