De fato o espetáculo Janis
surpreende por vários aspectos:
O Contexto histórico do
monólogo-concerto-espetáculo que permeia em detalhe a vida de Janis Lyn Joplin (Pesquisa
sublime) de Diogo Liberano que teceu a história perfeita de Janis, não esqueceu
nem sua aparição no Programa Dick Cavett Show, suas cartas para sua mãe e
familiares, o detalhe dos gatos, seu drama...enfim, tudo muito detalhado.
Sobre Carol Fazu revivendo Janis
Joplin.
A interpretação e dote vocal da protagonista
Carol Fazu reencarnando Janis sem ser caricata, expressão facial, modo de
dançar, pronúncia perfeita das letras, amor, devoção e entrega pelo Universo
Joplineano. Carol Pazu passa uma credibilidade sem precedente, como um atestado
de qualidade indiscutível e indescritível ao retratar Janis, o mais
interessante: Duas cantoras brancas soando negroíde a cada canção, a cada
lamento, é o Grito do Escravo negro norte-americano sofrendo na plantação de
algodão e nesse sentido, ambas são fidedignas. Além de uma potência vocal que alcança uma extensão surpreendente no modo de cantar e interpretar Janis Joplin, Seu timbre é forte e bem afinado.
Sobre
a equipe técnica que compõe o monólogo-concerto-espetáculo destaco:
Um
figurino belíssimo pela equipe de Humberto Silva Jr onde realmente Carol Fazu é
a própria Janis e ainda um salve para a preparação vocal de Patricia Maia que
soube extrair toda a musicalidade da protagonista que sabe o que faz o tempo
todo.
Sobre a banda:
Uma
formação exemplar tudo muito bem tocado, indo além do Big Brother&Holding
Company, sustentado por um baterista cuidadoso, timbre belíssimo com Eduardo
Rorato.
Um
guitarrista canhoto de 19 anos Arthur Martau tocando muito e um timbre
simplesmente divino. Antonio Van Ahn pilotando um teclado com um som de Hammond
emulando uma caixa Leslie perfeito, o sax tenor
de Gilson Freitas colocado com maestria nos temas em que o instrumento é
exigido por conta do arranjo original...e o baixo elegantérrimo de Marcelo
Müller sustentando e fraseando no momento certo.
Se
Janis Joplin precisou de uma banda melhor do que a formação original do BBHC
adotando a furiosa e competente Full Tilt Boogie Band para expandir seu canto e
performance, no Monólogo-concerto-espetáculo
“Janis” isso não é necessário, a banda decola com ela durante os 80
minutos.
Tudo
soa perfeito demais.. O monólogo-concerto-espetáculo suplanta o distorcido “é parecido”, “soa igual”...Tudo vai muito
além do quesito comparativo...Tudo é vivo demais...Agora abrir com "Ball and
chain" fez as lágrimas descerem..."Summertime" é ponto alto do
espetáculo-concerto em meio ao alto nível apresentando.
Aspecto técnico:
Em
relação à parte técnica, algo realmente belo de ser ver, ouvir e sentir,
começando pela iluminação é um espetáculo à parte a cargo de Fernanda e Tiago
Mantovani, o som por Branco Ferreira soa limpo, claro e sem perder o punch dos
anos 70.
De
fato, o mundo acabou nos anos 70 e no Oi Futuro com Carol Fazu e essa banda...
Ela vive por 80'. Foi duro ficar sentado
e a emoção tomando conta a cada intervenção de Carol e os temas sendo
costurados com maestria.
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