sexta-feira, 8 de setembro de 2017

E um breve comentário sobre jazz.


E um breve comentário Coltraneano...

Ele criou o seu mundo de som, que influenciou não somente ao jazz, mas também a música clássica contemporânea, o pop, rock e funk.
Ele também praticou uma imersão em várias etnias de nosso planeta, em especial a música asiática, a africana e a do Oriente Médio. Coltrane pegou tudo isso, e colocou na música ocidental...

Coltrane se inspirava tocando com Miles que por sua vez inspirava Miles, no vídeo do tema "So What? Coltrane improvisa criativamente na variação de dois acordes desse tema.


O quarteto de Coltrane rapidamente colocou-se na vanguarda do jazz moderno.
Contudo, Coltrane não era desses músicos que se contentava com uma fórmula.
Estava interessado em fornecer uma maneira aos jovens músicos que recebiam entusiasticamente o espírito livre do seu som.
E assim é feita a entrada de Eric Dolphy e mais um vez o COLTRANE SOUND ganha novo rumo.


No quarteto de Coltrane, um cara merece a menção especial, Elvin Jones, sua liberdade e pulsação deixava Trane voando cada vez mais alto...

Durante o seu crescimento espiritual que teve, refletiu-se em seu som.
O disco "OM" foi o início, como começa todo o Mantra.
E assim, Trane mudando tudo...



Um relato.
Quando comecei a ouvir novamente esse disco "A Love Supreme" pela manhã a caminho da UniRio.
Um arrepio invadia o meu ser...
Ficava até com medo de sair do ar...Isolado do mundo através do fone...
Ficava calado o tempo todo...eu colocava o disco inteiro na função repeat, ele ia tocando sem parar a manhã toda...
Comecei a perceber cores que ainda não tinha captado.
E disse: O som do Trane é alienígena.
É a comunicação extra-terrestre no mais alto grau de PES(Percepção extra-sensorial)





Com Hermeto foi a mesma coisa...vendo pela primeira em 78 no melhor Festival de Jazz de SP.
Pensei comigo mesmo, caramba!! tudo soa diferente, é uma fusão de brasilidade com o ritmo brasileiro tocado de uma forma experimental.
A linha da improvisação não é baseada na estrutura do jazz, é oriunda do elemento criativo de cada um dos seus músicos.
A linha melódica traça uma conversa com a seção rítmica fora do beat do jazz, e tudo muito solto, o diálogo é livre entre eles.


 Com Hermeto, Trane, Miles, Bird, o som nunca mais foi o mesmo...



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.