sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O AVANÇO DA TELECOMUNICAÇÃO NA TOCA DA LAPA

Bom, todo mundo sabe que sou adepto da TI e CI em toda a minha vida sempre fui ligado em tecnologia...E com uma certa resistência em gastar grana para a troca de alguns aparelhos.     

Vejamos, até pouco tempo vivia um atraso em relação a isso: Ainda empregava um fax Panasonic que somente servia como telefone e secretária eletrônica e vinha apresentando diversos probleminhas técnicos que cortava a ligação no meio irritando o amigo e mentor do plano das ideias Claudio Cunha e ao mesmo tempo ele proferia: Cara, joga esse fax fora, compra um telefone sem fio moderno...e vivia enchendo o saco para coçar o bolso...
Nesse meio tempo, vinha ele de novo: Cara, está na hora de você comprar um smartphone, esse é tão velho que nem câmera tem...vai por mim...e vivia martelando...só dando ideia para eu gastar grana...


Não satisfeito...veio com mais essa: Cara, você não recebe hóspede na sua casa? coloca um wifi e certamente sempre resistindo as pressões do amigo falador...
A pressão foi tão grande que  consecutivamente  joguei o fax fora e descolei um Motorola sem fio completo...No meio fiz uma maluquice, cancelei a Velox via cabo e cai dentro da PredialNet com internet condominial via rádio...E
por fim, o tão aguardado salto tecnológico dentro dos anais da Toca da Lapa. o tal Motorola G 16 gb de segunda geração e ainda coloquei um cartão de memória de 32gb Ultra para HD.     
Essas mudanças ocorreram nesses últimos cinco meses, feito inédito para um cara como eu..

E tive uma queda na minha receita e tudo por culpa dele...E hoje vejo as maravilhas que isso tudo tem me proporcionado...
Em tempo: A ideia do livro "Memórias de um cara que gosta de som, dos anos 70- Do papel a Era da Internet" é dele: Um dia, ele disse: Cara, tu saca tanto de som, vai lá e escreve um livro...E hoje tenho outro pronto e logo esse vai sair...
E a sua próxima pressão é que o documentário filmado em 2008, o "RIO SOM INSTRUMENTAL" saia das fitas e vire o primeiro documentário sobre a cena instrumental carioca.



Agora o detalhe: ELE NÃO SOLTA GRANA E SÓ FICA NO PLANO DA IDEIAS ...

Mas é um grande cara...É a minha homenagem a ele.

Claudio Cunha, 35 anos de amizade...O AZAR É DELE...KKKKKKKK

domingo, 6 de dezembro de 2015

ELDO POP, VISÕES, CAUSOS E O EFEITO SOBRE MIM..

Um pouco da história...

O diretor da então, Rádio Globo, adentra o estúdio e diz:
Olha, temos que colocar um rádio no ar e tem que tocar tudo o que não toca na Rádio Mundial..(Era uma rádio mais popular)
O DJ Peixinho, na época assistente do Big Boy, disse: Não tínhamos roteiro, não tínhamos os discos... e ai??...vamos tocar a discoteca do Newton, O BIG BOY, vamos tocar aqueles rock, progressivo...e foi feito...E foi um puta sucesso...

Entrava no ar a ELDO POP FM STEREO, EM 98.1 MHZ ZYZ 22.

Por conta do acervo do grande Big Boy, o ouvinte poderia ouvir  um disco inteiro...Só mesmo na Eldo Pop e pela genialidade do Newton Duarte, o BIG BOY, ele tocava de tudo de sete da manhã as duas da madrugada. Ele abreviou o lançamento dos discos e amenizou os efeitos da Ditadura que vivíamos.
Lembro-me muito bem, certa vez encontrei um doido na esquina e o papo foi mais ou menos esse:
Bicho, que rádio é essa?? é muito som vindo da Fm.
o outro respondeu: cara, não tenho nem dormido...ela sai do ar duas da manhã e vou até o final..ERA O ASSUNTO..

Foi uma loucura e poucos entendiam o que estava ocorrendo de fato e só mesmo a "malucada", que fazia parte de um grupo de gente doida com um rádio Fm debaixo do braço e sintonizada na Eldo-Pop e pirando de tanto som que ouvia entendia de fato o que estava acontecendo, criou-se um código de conduta entre os ouvintes e tudo  isso na década de 70.

Era muito "maluco" querendo saber o nome da banda (já que a rádio não tinha locução), a galera ficava doida atrás disso... E aí o interesse em entender o que estava acontecendo em plena ditadura cresceu.
Não existia internet, poucos canais abertos, uma dificuldade sem precedentes para ouvir o que curtíamos e a falta de grana para o acesso aos discos...Big Boy abreviou isso tudo... Era um monte de cabeludo vivendo um mundo paralelo em prol do som.
Com a ELDO POP, ela abreviou a chegada do som para nós e amenizou os efeitos da censura e da ditadura sobre as pessoas envolvidas com essa cultura e de fato era um movimento de Contracultura Radiofônica.

Parte 2: Os efeitos da Eldo Pop sobre mim.
Vocês imaginam um rádio que entrava no ar 7 da manhã e saia 2 das madrugada...tocando sem parar som de qualidade em plena década de 70.

Coisas do Big Boy .Isso de segunda a segunda...durante anos...anos... ainda fico arrepiado ouvindo esse som...o filme passa inteirinho dentro da minha mente..

Quando era moleque ouvia tanto som e lia o tempo todo sobre bandas e ficava tão quieto no quarto que a minha falecida mãe batia na porta pra saber se estava vivo.

 Os ouvintes da Eldo Pop era constituída de um grupo de pessoas afins pirada por som, eu era um deles e naquela época só se escutava a ELDO POP.
Chegou um ponto que decorava as sequencias lançadas pelo Big Boy...Já sabia que depois de uma certa banda, entrava a outra e a seguinte. A rádio não tinha locução(ele não dizia o nome da banda, da música), era som direto e tinha que ficar ligado...Era o charme da rádio.
E por conta de década e década de som...Hoje ainda acordo assim...05:45 batendo 500 volts de som...e vou para o trampo por volta de 800 volts de som direto no dispositivo móvel...e vivo assim, dia após dia...A noitinha chega e para relaxar, vou a 2000 mil volts com desenvoltura.


A noitinha chega e para relaxar....vou a 2000 mil volts fácilzinho...

 E certamente, existe uma diferença de quem viveu a ERA ELDO POP e de quem não viveu, é um fato, pelo menos no Rio de Janeiro.
E concluo com essa singela homenagem: O criador fez o mundo em 7 dias...no sexto ele fez o Big Boy Rides Again e no sétimo ele ajudou a criar a ELDO POP.



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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A PROBLEMÁTICA DA MÚSICA DE HOJE E PRINCIPALMENTE NO BRASIL

A problemática da música instrumental brasileira, é que ela já nasce morta...
Nada fica para o legado...Pouco se salva...Independente do alto nível de instrumentistas que temos aqui,
O problema que esse som não tem uma linguagem ou contexto histórico(Com raríssimas exceções), é na maioria das vezes aquela velha ideia sobretudo- Tema-improviso cheio de clichês-Tema.

Independente de qualquer coisa, não acredito nessa renovação do processo criativo da música brasileira. Principalmente da dita corrente instrumental, isso em nada faz desmerece a qualidade dos nossos músicos. É mais um problema de identidade sonora do que falta de talento, creio que hoje tem muito músico, muita música e pouco som.
E AINDA TEM ESSE LANCE AQUI...
A música vai muito além do gosto disso e não gosto daquilo...Fulano toca mais...beltrano toca menos...o jazz é tudo...rock é melhor...que nada MPB que é o grande lance...nada disso...prefiro progressivo...blues é mais simples...A música erudita é a mais pura...
TUDO ERRADO...A música vai muito além disso: Requer estudo, dedicação, imparcialidade sonora, inventividade e amadurecimento. ISSO LEVA TEMPO E BOTA TEMPO NISSO.
E UM PÚBLICO EDUCADO A OUVIR O QUE ELA TEM DE MELHOR...
TEM MUITO MÚSICO...E POUCA MÚSICA...

E finalizo com esse texto...
Mais importante do que conhecer o trabalho de um artista(no caso) o músico é ter capacidade de entender a sua proposta musical.
Não creio que muitos tenham desenvolvido esse tipo de percepção. Isso leva tempo...horas e horas ouvindo, pesquisando, discutindo e tal...tal...tal...
No meu tempo, ouvia-se sons de 20 ' ou mais...hoje soa tudo tão rápido que mesmo o cara não estando nos seus melhores dias O PESSOAL APLAUDE...é tudo ligado no automático...Os sons passam e quase nada foi captado...Somente o momento. As pessoas falam demais nos lugares, ostentam pelo valor pago no ingresso, ficam com aquela ar posudo, sorrindo sem parar...discute-se de tudo...menos o som em questão.

Nessa seara tem a turma que realmente sabe ouvir e entender a introdução do tema, desenvolvimento do improviso e a conclusão final.
É assim que procede-se em todas as esferas da arte pura.


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

SOBRE METHENY, PAT, MÚSICO DAS SEIS CORDAS.


Pat Metheny, surgiu no mundo do jazz contemporâneo quebrando certos paradigmas, magro, cabelo comprido, com cara de paisagem e portando uma Gibson ES-175 sem efeitos distorcidos muito em voga naquela época e ainda caiu na graças do Manfred Eicher, o big boss da gravadora que um dia profetizou que gerava "O MELHOR SOM DEPOIS DO SILÊNCIO"
Seu disco de estréia o antológico "Bright Size Life", é considerado o melhor disco em trio já produzido por ele, muito por conta da participação esfuziante do Jaco Pastorius e segurando os dois o batera Bob Moses.
Sua excessiva produção com o PAT METHENY GROUP e as constantes mudanças em sua formação, causou desgaste e a música foi ficando repetitiva...enfadonha..,
Ao mesmo tempo tecia projetos paralelos com grandes instrumentistas como: Dave Holland, Roy Haynes, Herbie Hancock, montando trios com grande criatividade sonora. Seu trabalho à frente da THE UNITY BAND é bem palatável, com a presença elegante do sax pós-Michael Brecker, Chris Potter que dispensa qualquer comentário de tão bom que ele é.

É isso ai, bom dia!!

domingo, 8 de novembro de 2015

BONS TEMPOS...

Entre a metade dos anos 70, até sei lá...Assisti foi concerto...E posso contar nos dedos os que paguei...(RISOS), fazia de tudo para entrar de graça, chegava antes...ficava na porta esperando os músicos, virava roadie em cima hora, colaborava no que podia...tudo para entrar pelo backstage...Sempre foi o melhor lugar...e com muita informação do som para não dar "bandeira". E andava sozinho e me enturmava rapidamente pela forma da minha atitude, todo mundo sacava que estava lá por respeito aos músicos e pelo som apresentado.
E foi nessa onda que cheguei ao Hermeto no dia 20/06/84...E no dia 22/06/84 estava dentro da casa dele no seu aniversário...UAU!! E O RESTO É HISTÓRIA....


Se tem uma coisa que me mantém vivo...é som... Um rango saudável e cultura na cuca...o resto...

SOBRE O Gov't Mule...E os bons tempos...

Esse grupo é demais...revitalizaram o som dos anos 70 em plena década de 90, e ainda estão na estrada...
Tive sorte de ver em vida Allen Woody, baixista da formação original no extinto NESCAFÉ JAZZ&BLUES na Marina da Glória...
Ainda em trio e pela abertura, pelo timbre dos riffs...Disse para um amigo que estava comigo:
Cara, os anos 70 estão mais vivos do que nunca...Isso dito muito antes do advento do Youtube...E hoje...totalmente profético o que proferi.
E bem aventurado é o cara que nasceu no dia 10/12/1960, sagitariano(Fogo e ar), Pegou uma puta carona nessa atmosfera toda, correu atrás e o resto é história.
E Que curtiu a década transitória dos anos 80...Que viu a decadência da década de 90...A derrocada do século 21....Da entrada do ano 2000 e hoje não espero mais nada até o final da minha existência.
No mais...seguindo em frente sempre...sem pressa e nem pausa...apenas seguindo...seguindo...seguindo...

BOM DIA...
DEDICADO AOS QUE AINDA ACREDITAM NESSA ONDA TODA.


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

UM CAUSO SOBRE O DISCO TRANSA: CAETANO VELOSO

UM CAUSO SOBRE O DISCO TRANSA:
Aconteceu comigo, por coisa do destino mesmo.
Acredite se quiser, fui síndico do Condomínio Três Américas, ali na rua CÂNDIDO MENDES 53/71/89, entre 2004 e 2008. Vivia aquela vida matrimonial bacaninha e tal...tal..tal..
E peguei esse pepino em troca de uma grana por mês(bacanuda), e mais a isenção da taxa condominial e  fiz uma administração séria, pegando o caixa com 5 mil reais e deixando com 23 mil...Isso é um fato.
Onde entra o disco nessa saga???

Recebi uma reclamação de uma vizinha que o rapaz do segundo andar do prédio 71 vivia fumando maconha na janela, e lá fui cumprir o meu papel de síndico...e tal...tal...tal...

Toquei no apartamento e o cara abriu a porta....segue o diálogo:

-oi, boa noite, pode não parecer, Porém, sou o novo síndico do prédio e recebi uma reclamação que você fuma na janela empesteando todos os apartamentos;
- O rapaz: Pois é...entre vamos conversar...e logo percebi altos discos na estante do bicho...em dado momento, ele diz:
Você mexe com música, sim, respondi, o meu pai tocou com Caetano Veloso.
É mesmo?? que foi seu pai...e veio a palavra mágica MOACIR ALBUQUERQUE...nem acreditei...estava na frente do filho da lenda...Ele já havia falecido faz tempo e num tom bem melancólico e foi no quarto e trouxe um case...e disse: Foi do meu pai...
FIQUEI FRENTE A FRENTE DO FAMOSO FENDER JAZZ BASS que tanto abrilhantou a MPB nos anos 70.
Fiquei sem ação e disse a ele: Cara. faz o seguinte: quer fumar, faça dentro do apartamento, acenda um incenso, agora por favor, NÃO FUME NA JANELA e vamos esquecer essa bronca.

O garoto se comportou tão bem que as pessoas começaram a sentir falta dele fumando na janela, vai entender.
TENHO DITO, ATESTO E DOU FÉ.

domingo, 1 de novembro de 2015

FIM DOS TEMPOS???UMA SÍNTESE...


Agora cá entre nós...Os anos 80 foi realmente uma década transitória, e  tinha muito daquela atmosfera dos anos 70 no ar...Ainda acontecia uma estética cultural e criativa em toda a seara 
da forma de arte.

Os anos 90, era o início da derrocada cultural...Dez anos de retrocesso cultural e sonoro por todos os lados(ou quase todos)...Finalmente virou o século...Ano 2000 entrando com tudo e uma forte tendência ao declínio...Exatos quinze anos depois....O QUE TEMOS???
Que venham os ALIENÍGENAS do PLANETA PSYCH OUT e que eles estejam entre nós...

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

SOBRE O CARA, ESSE CARA SOU EU.

Sobre o autor.

Nascido em 1960, no dia 10 de dezembro, esse sagitariano percebeu algo com dez anos de idade que uma energia andava solta pelo Rio de Janeiro, e precisamente em Jacarepaguá, onde tudo começou com a música e os movimentos sociais gerados por ela e logo entrou na sua vida de uma maneira completamente pessoal, abriu-se um pavilhão sonoros sem precedentes dentro desse garoto que apresentava tão pouca idade e a busca na compreensão desse universo. Deu-se o início ... Da vida com computadores na década de 80, até o presente momento, o autor nunca parou de divulgar a tão criativa década de 70 e as suas formas estéticas.

          Com a máquina Olivetti Lettera 22 presenteada pelo seu avô Trajano Brandão que os anos 70,  foram contados dessa forma em textos, ensaios, crônicas, ficha técnica e tudo isso permeado com discos, fita cassete, do analógico ao digital, sua visão sobre os anos 70.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

SOBRE O GRATEFUL DEAD.

Sobre o GRATEFUL DEAD.
Desde que me entendo por Mauro Wermelinger, um cidadão universal e que vive no Planeta Terra, sempre gostei dessa banda.
Tempo complicado fora os anos 70 por aqui...Sem acesso a quase nada, sem internet, google, youtube...tinha que correr atrás.
Muita pesquisa em banca de jornal atrás de publicação importada e aprendendo a ler na marra e consultando dicionários(Era o Google da época), a rede social ficava na rua, na esquina, no bar, no concerto ou na casa de amigos.

          E no meio daquele som todo, a banda liderada por Jerry Garcia sempre presente.
E com advento da Internet por Sir Tim Bernes-Lee, o surgimento da duplinha Larry Paige e Sergey Brin, as redes sociais virtuais e finalmente a maior criação dentro dos três W, o repositório do Youtube e com ele o acesso a extensa lista de concertos e discos do" Morte Agradecida' e uma legião de amigos(as) ligados no som dessa banda e tendo como seu porta-voz euzinho que vive postando vídeos desse grupo.
BACANA, JERRY GARCIA que o nome do meu segundo gato, Jerry Garcia.

AOS CAMARADAS ZAPPEIROS

Zappa...inspirado na tema "Black Napkins", teço essas linhas sobre o mestre que um dia, seduziu-me com os discos Waka Jawaka, Hot Rats, Apostrophe, Overnite- Sensation e tal...tal...tal.
O Live in New York de 77, foi o nivarna para o mundo Zappaniano.
Dos anos 70 venho Zappaniando pela estética Zappatesca e atraindo Zappistas, Zappeiros pelo mundo dos três W.O discurso sonoro do escultor de esculturas sônicas tocou e compôs sem parar ao longo da sua existência.
Para amenizar as agruras do dia-a-dia, acalentar a alma e apaziguar o espírito nada mais salutar que FRANK ZAPPA, em doses diárias, em overdose incessante do seu som.
Zappa faz parte da vida(pelo menos na minha), são mais de 40 anos ouvindo o seu som.
Zappa faz parte da vida e não tente viver sem ele.

domingo, 18 de outubro de 2015

YOUTUBE- O REPOSITÓRIO AUDIOVISUAL

A cada link encontro um som...que remete-me a outro, que indica um som posterior, que me leva a outros links, caminhos sonoros sendo construído com facilidade, como um GPS audiovisual ele vai indicando, sugerindo, assista de novo, recomendando, um cara postou algo cerca de dez minutos...outro atualizou seu canal... notificações chegam como a chuva que não cai no Rio de Janeiro... chuva virtual, digital, em HD.
Documentários, entrevistas, curiosidades, canais científicos, ciência, ciência da informação, tecnologia de informação...esse repositório é incansável...anos e anos, dia após dia, hora por hora...segundos...minutos, incessantemente ele parece ter vida própria, no motor de busca, a palavra chave perfeita e a informação é buscada e recuperada...
Esse texto é dedicado aos usuários que trabalham sem parar em prol de manter o repositório do Youtube funcionando 24 horas e ao GOOGLE por manter tudo isso no ar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

1980...ANO QUE VI JACO E OS METEOROLOGISTAS IN LOCO.

Vinha daquela onda toda do Primeiro Festival de jazz em Sampa, 1978. Pude ver os mestre do jazz contemporâneo como Stan Getz, Dizzy Gillespie e os expoentes da era fusion como Chick Corea, Larry Coryell e Phillip Catherine, Joe Farrel que veio tocando no grupo do Chick Corea, Grupo Um e Márcio Montarroyos como convidado, a banda elétrica de John Mclaughlin e a grande jam com Hermeto, Corea, Mclaughlin e Stan Getz, tendo como base o grupo do Hermeto que na época contava com Jovino Santos Neto, Itiberê Zwarg e Nenê na bateria e o grande Pernambuco na percussa.
Ou seja, vinha de uma carga incrível de sons e concertos e ainda respirava aquela atmosfera gerada nos anos 70.
          Pois bem, vivia a década transitória e ainda plena ditadura militar que abrandava por essa época e as coisas estavam acontecendo em prol da cultura e do som de qualidade e como sempre estava presente nos concertos onde o som acontecia e soube que aconteceria o Rio Jazz Monterey Festival dentro das dependência do Maracanãzinho. O festival iria ocorrer entre os dias 14 a 17 de agosto de 1980.      
         E preparei-me para ver na quinta-feira dia 14 John Mclaughlin e Christian Escoudé e o tão aguardado WEATHER REPORT tocando na integra do disco duplo ao vivo 8:30, e lá fui eu com 20 anos de idade ver o Jaco em ação com Wayne Shorter, Jose Zawinull, Peter Erskine e Robert Thomas Jr na percussão...E fui arrebatado por temas como Scarlet Woman, Teen Town, Birdland,  "Badia/Boogie Woogie Waltz", "A Remark You Made" e finalmente o tão aguardado baixo solo de Jaco, a clássica "SLANG".  Ai jurava que estava numa dimensão paralela devida a qualidade emanada pelo grupo e mesmo com a sofrível acústica do local tudo soava com uma precisão e com aquela qualidade de disco de estúdio.
          Jaco com aquele Fender Jazz Bass descascado, sem trastes, plugado com chorus, delay, overdrive elevou o instrumento aos píncaros da inventividade em quatro cordas. Estava muito perto do palco completamente vidrado nos "meteorologistas" que fizeram chover som e texturas timbristicas nunca antes ouvida e vista em Terra Brasilis.
           E no dia 21de setembro de 1987, pela manhã, Jaco tinha partido para outro mundo e uma parte do meu som também findou-se .Tinha 27 anos.

John Francis Anthony Pastorius III foi-se e deixou seu legado.

 

 


terça-feira, 1 de setembro de 2015

MÚSICA INSTRUMENTAL BRASILEIRA?? OU, APENAS UMA MÚSICA SEM LETRA???


Se na década transitória dos anos 80, a música instrumental produzida no Rio de Janeiro, virou moda, muito por conta de grandes projetos como "RIO INSTRUMENTAL" no Parque da Catacumba, "Segundas Instrumentais" no Teatro Villa-Lobos. Muito embora boa parte vinha travestida de uma fórmula de apelo fácil com "teminhas" tipo Berkeley Sound" ou aquela fórmula funkeada do Lee Ritenour, Dave Grusin, Larry Carlton entre outros.A turma que pegou a carona nessa mesmice se deu bem e deitaram e rolaram nos clichês repetidos "ad infinitum".

            O verdadeiro som vinha de outras origens como Zerró Santos, Alquimia, Divina Encrenca, Grupo UM, isso sem contar os concertos antológicos do Hermeto e Egberto no Parque Laje, além do Marcos Resende e o GRUPO INDEX com Sizão Machado e Wilson Meireles, Arrigo Barnabe, Grupo Pé-ante-pé, 
Enfim, logo isso cansou e tudo caiu na mesmice que arrasta-se até hoje.
Como vi isso tudo in loco posso afirmar as palavras acima.  

E com isso,boa a parte do som de hoje já nasce morto...alguém vai lembra-se dele daqui a pouco.??..depois...??? duvido...Eu não lembro.
Tenho muitos amigos músicos e dos bons..o problema que mal consigo passar da primeira faixa daquilo que produzem...soa chato de doer...No palco a situação fica um pouco melhor, e com raríssimas exceções conseguem fazer algo que chamo de SOM. E o mais interessante é que acreditam piamente no que produzem, vai entender.
 Segundo, Osmar Günther,  O artista tem que passar a mensagem, se comunicar, passar emoção, interpretar. Hoje temos instrumentistas muito bons tecnicamente, estudados, preparadíssimos, com instrumentos de 1a. linha, com tudo que é recurso disponível, mas falta-lhes o principal. Poucos fazem a diferença.


  É a famosa música instrumental brasileira, sem pegada, sem tesão...Enfim, uma trepada mal dada.
É isso ai, bichos...

terça-feira, 25 de agosto de 2015

MAIS GRUPO UM.


A estética sonora proposta pelos irmãos Nazário, Lê-se Zé Eduardo Nazario e Lelo Nazário acertou em cheios várias vertentes do som mais elaborado e caiu nas graças da turma do jazz fusion, do fechado e seleto grupo de pessoas do rock progressivo, fez a cabeça de quem procurava um som instrumental brasileiro que não fosse nem tão hermético como a escola Hermeto Pascoal e nem tão contemplativo como o som Gismontiano. O GRUPO UM, soube com sabedoria mesclar todos esses universos sonoros propostos no final da década de 70, e o inicio dos anos transitórios dos 80.

Dedicado aos protagonistas que passaram pela ESCOLA VANGUARDISTA DO GRUPO UM:Mauro Senise, Félix Wagner, Teco Cardoso, Rodolfo Stroeter Zeca Assumpção, Frank Herzberg e Carlinhos Gonçalves(percussão)
         

  • Se existiu a Escola do Hermeto, criativa e altamente brasileira, O GRUPO UM tratou de ir no sentido antagônico dessa Instituição sonora, criaram um viés muito original.

  •  Essa "Europearização" do GRUPO UM e a capacidade inventiva e técnica dos seus músicos criaram um respiradouro da música instrumental brasileira genuína.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A MISSÃO...

FATO:
A internet suprimiu a supremacia dos que detinham a informação e com um forte sentimento de posse a guardou consigo.
Com o advento dos Torrents, a situação começou a mudar....E quando o YOUTUBE foi criado, o monopólio acabou de vez.
Hoje a minha geração recorda um passado sonoro e tão presente, encontrando pérolas setentista que supostamente eram dadas como perdidas.
As novas gerações recuperam e tiram o seu atraso por uma década não vivida.
É O LEGADO DEIXADO PELA INTERNET.
E se tudo isso continuar pelos próximos 20, 30...ou quarenta anos que venha outro Mauro Wermelinger para continuar a disseminar isso tudo.
É a minha missão.

 E se me perguntam como ouvi isso tudo...ELDO-POP é a resposta..Big Boy Rides Again...fez a cabeça da minha geração via ZYZ 22 em 98.1 mhz.
E mais o programa 60 MINUTOS DE MÚSICA CONTEMPORÂNEA- JB AM.


ATESTO E DOU FÉ.

domingo, 9 de agosto de 2015

DESABAFO DE UM ZAPPÓLOGO

Desabafo:
Quando Zappa se foi fiquei apático por alguns instantes...Ainda morava com os meus Pais e lembro-me que tinha ouvido pela enésima vez o disco Zappa Live in New York de 77.
Trabalhava no Banco de madrugadão e quando cheguei em casa pela manhã... deitei e dormi um pouco.
Era o dia 4 de dezembro de 1993...faltando seis dias para completar 33 anos.

E logo liguei a TV e veio a notícia...ZAPPA TINHA SUBIDO PARA O ANDAR DE CIMA.
Abri a porta e disse para minha mãe: Dona NÍSIA, FRANK ZAPPA MORREU...
Ela muito espiritualizada deixou de fazer o que estava fazendo e veio me consolar...
NUNCA VOU ESQUECER. Esse foi "presente" que o destino me deu prestes a completar 33 anos de vida.
E nesse dia em diante decidi que ia continuar a divulgar a sua obra e finalmente chegou a internet.
E hoje em plena era do YOUTUBE, FACEBOOK, BLOG, ISSO É CONCRETIZADO.
Tornei-me seu porta-voz, divulgando seu trabalho incessantemente, virei um Zappólogo cercados de amigos Zappeiros.

Dedicado a Let's Zappalin'- A primeira e única banda brasileira e paulista que interpreta com fidelidade os seus arranjos, e ainda cria o clima apropriado em cima da obra de Frank Zappa.

terça-feira, 28 de julho de 2015

DAVE HOLLAND- A CRIATIVIDADE SONORA, ALÉM DA LINHA DO GRÁFICO



Dave Holland, escudeiro nas quatro cordas e oriundo da Usina Fusion intitulada Miles Davis.
um cara meio hippie que assombrou a Era da contracultura quebrando tudo no Templo do Fillmore, Tanglewood e na Ilha de Wight, empunhando um baixo Fender Precision, teceu linhas incríveis nesse instrumento.
Logo caiu nas graças de outro visionário sonoro, o cara que criou "o melhor som depois do silêncio", o alemão Manfred Eicher, proprietário da ECM RECORDS.

Nesse meio tempo gravou grandes discos com Chick Corea, aprontou muito em outros projetos e ainda deu o que falar com a DAVE HOLLAND BIG BAND e Dave Holland quartet e quintet 

Quando o jazz andava meio estagnado com a entrada do ano 2000, criou e reformulou o seu quinteto com músicos vanguardeiros: Steve Nelson, Chris Potter, Robin Eubanks entre outros. Tem quebrado tudo por onde passa e fazendo a diferença no chamado jazz contemporâneo.
Pelo meu ponto de vista...o jazz vanguardista leva a assinatura de DAVE HOLLAND.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

MÊS DE JULHO...MÊS DE PERDAS...MÊS DE MAIS UM ANO SEM ELES.

Mês de julho...mês de perdas...mês de mais um ano sem eles...
No dia 21 de Julho de 1997, precisamente ao meio-dia...Dona Nísia Brandão Wermelinger, decidiu ver um concerto da Big Band Celestial- Era um novo arranjo do GIL Evans com Jaco Pastorius no baixo.(de tanto ela ouvir acabou gostando).
Passado quase três anos depois...Seu Mauro Wermelinger resolveu ir também...já que a Dona Nísia não dava sinal que ia retornar ao PLANETA TERRA.
E no dia 17 de julho de 2000, ele disse: vou ali e não sei se volto.
Eu segui em frente...e até hoje sinto a falta deles.
Quem sabe eles queiram um cara que gosta de som?? para  ajudá-los a entender os arranjos e improvisos da BIG BAND CELESTIAL, afinal de contas o BAND-LEADER "O CRIADOR" só tem os melhores na sua formação: Coltrane, Charlie Parker, Tom Jobim, Radamés Gnatalli, Hendrix, Tony Willams, Hélcio Milito, Luiz Eça, Zappa...Minha Nossa!!
Parece até o INSTITUTO BUTANTÃ, só de "cobras".

terça-feira, 21 de julho de 2015

NEM LED E NEM ZEPPELIN- Simplesmente LET'S ZAPPALIN'

O músico  Rainer Tankred Pappon, o cara de guitarra Ibanez Verde residente no bairro da Pompeia, São Paulo é um desses loucos de som que correm pelo sentido antagônico do senso comum sonoro estabelecido. Nos anos 90, teve a audácia de montar uma banda enorme tocando nada mais e nada menos do que o repertório do Universo Zappa e chegou ao conhecimento da sua existência até o mestre FRANK ZAPPA, a já histórica Central Scrutinizer Band que é um computador imaginado por Frank Zappa numa metáfora futurista, que tem o poder de controlar toda a sociedade. O primeiro concerto desse projeto de Rainer, aconteceu nos anos 90, no Aeroanta Paulistano que entrou na programação especial do AeroJam que toda a terça apresentava um artista cover...COVER??? por tocar o repertório Zappatesco?? Grande equívoco, esse suposto trabalho Cover, requer ensaio, músicos escolados nessa escola Zappaneana e produzirem algo em prol da Estética Zappa.
          Pois bem...o tempo passou e Rainer Pappon não sossegou e criou uma banda menor já que a formação da CSBAND, era do tamanho de um time de futebol e acabou ficando inviável em face da grande mesmice e crise que esse País sempre vive.
  Entra em cena seu segundo projeto A LET'S ZAPPALIN' e com isso, uma nova guinada em cima do repertório Zappatesco. A LZ(não confundir com LED ZEPPELIN) e sim, LET'S ZAPPALIN' realizou seu concerto de estreia no Centro Cultural São Paulo(CCSP) no dia 20 de dezembro de 2014, em seguida no Café Piu-Piu no aniversário do Zappa dia 21 de dezembro, onde realizou a gravação do dvd Café Piu Piu & Elsewhere(em alusão ao clássico Roxy&Elsewhere) com a participação nos dois concertos de Napoleon Murphy Brock que integrou a banda The Mothers of Invention, tocando flauta, sax tenor e vocais entre outubro de 1973 a maio de 1975.
          Em março desse ano o quarteto Zappatesco Paulista fizeram outro concerto no Café Piu-Piu...E agora nos dias 31 de julho e no dia 01 de agosto a LZ ataca novamente com a execução na integra e comemorando os 40 anos do antológico One Size Fits All, revelando aos presentes a criatividade Zappatesca.




Resumo da Zapparia: Somente em São Paulo poderíamos ter uma banda tocando temas do grande Frank Vicent Zappa que veio ao mundo no dia 21 de dezembro de 1940 e saiu de cena no dia 04 de dezembro de 1993. Vida longa ao projeto do zappeiro da guitarra verde Rainer Tankred Pappon, e fico muito contente de saber que eles perpetuam o som do mestre e mais ainda que os tenho como amigos numa rede social onde também divulgo com extrema qualidade a obra do GRANDE ZAPPA. 






https://www.facebook.com/LetsZappalin?ref=ts&fref=tshttps://www.facebook.com/events/867874403295617/?ref=3&ref_newsfeed_story_type=regular&feed_story_type=17&action_history=null



Informações
  • Membros da banda
    Rainer Tankred Pappon - Guitarra

    Erico Jônis - Baixo

    Fred Barley - Bateria

    Jimmy Pappon - Teclados
  • Cidade natal
    São Paulo
  • Descrição
    Banda paulistana tributo a Frank Zappa! Reunindo um vasto repertório, cheio de sucessos e anti-sucessos de sua carreira!
  • Influências
    Frank Zappa, The Mothers Of Invention.

Música Instrumental ou Música de Fundo???

Fato:
Nos concertos instrumentais de outrora(ano 80/90) na cena instrumental carioca você saia impressionado com a performance dos músicos, suados e com aquela cara que tinham quebrado tudo e o público feliz da vida.
Hoje...esses concertos viram showzinho de um desfile de standards, algumas canções brasileiras tocados e repetidos à exaustão, um som cansado, sem pegada e sem tesão.
E um público cada vez mais falando o tempo, alto, bebendo sem parar...Em suma o Som ficou como pano de fundo e com raríssimas exceções consegue-se ter um bom nível de som e de público.
Lamentável.

 Lembrei de um fato que remete ao comentário acima:
Um concerto no ARTE SUMÁRIA-Santa Teresa, anos 90(Creio)
Aloysio Neves Pernambuco, Harvey Wainapel Mário Véio na bateria e André Mattos(não tenho certeza) no baixo quebraram tudo nesse dia...
De tão bom que nunca esqueci.
Lugar bacana, gente educadíssima, um silêncio monástico, apenas o som acontecendo..

domingo, 19 de julho de 2015

COMO TEM ASSUNTO...ESSE TAL DE MAURO WERMELINGER.

Meu maior recorde falando foi dentro de um busão indo encontrar-me com Hermeto..Peguei o dito meia-noite e sentei...Do nada sentou um cara do meu lado e  O DIÁLOGO seguiu....o papo começou eu perguntei: Você é paulista? Sim..trabalho no Rio e retorno sempre na sexta nesse horário e você?
Sou carioca, resido em Jacarepaguá...
Ele- Está indo para São Paulo, por qual motivo?
Eu- Com maior orgulho disse: Estou indo encontrar-me com Hermeto Pascoal...tinha 24 anos.
O cara pirou e se declarou fã do Hermeto...Ai meus caros amigos(as) o papo só acabou quando chegou na rodoviária do TIETÊ...falamos a madrugada inteira.
Os passageiros ficaram muito putos...

MEU ENCONTRO COM RAUL SEIXAS.

Esse encontro, se deu por acaso, numa dessas ponte área Rio-Sp... entre 82 e alguma coisa. Estava euzinho subindo as escadas e dois caras bem acima que despertou a minha atenção, parei olhei mais acima e vi Raul e Paulo Coelho e pensei...porra, hoje é meu dia.


Eles ficaram no meio, e no meu caso fui lá pra atrás, esperei a decolagem e logo tirei o cinto de segurança e fui direto para o Raul, me apresentei e o papo rolou...Conversamos a viagem inteira, eu de pé e eles sentados, Raul na janela. O papo rolava entre Contracultura, Sociedade Alternativa e discos voadores...Ninguém entendeu nada e depois do voo final...a aterrissagem perfeita, descemos e fomos conversando até eles entrarem no táxi. GANHEI O DIA, VIVA RAUL...TOCA RAUL...

SOBRE A MINHA RELAÇÃO COM O SOM.

 Já passei do estágio comparativo faz muito tempo...
E se isso não resolver a questão de como encaro isso, o trechinho abaixo deve resolver.

A música vai muito além do gosto disso e não gosto daquilo...Fulano toca mais...beltrano toca menos...o jazz é tudo...rock é melhor...que nada MPB que é o grande lance...nada disso...prefiro progressivo...blues é mais simples...A música erudita é a mais pura...
TUDO ERRADO...A música vai muito além disso: Requer estudo, dedicação, imparcialidade sonora, inventividade e amadurecimento. ISSO LEVA TEMPO E BOTA TEMPO NISSO.
E UM PÚBLICO EDUCADO A OUVIR O QUE ELA TEM DE MELHOR...
TEM MUITO MÚSICO...E POUCA MÚSICA...


 Aproveitando o lance acima, esclarecendo:
Sempre ouvi de tudo. Meu avô, o responsável pela máquina Olivetti Lettera 22 que acabou parando em minhas mãos em 75.(ele escreveu muito nessa máquina), residia em Curitiba e tinha um paiol separado da casa para ouvir música. Quando ele me chamava para ouvir música erudita ficava quase em silêncio. Então, ia narrando o processo das composições. Ouvíamos vários trechos repetidamente e nada de passar de um disco para o outro.. Sabia muito.
Seu nome TRAJANO BRANDÃO, meu nome completo MAURO BRANDÃO WERMELINGER.
Deveria ter cerca de uns nove para dez anos de idade e ainda lembro-me do seu sistema de som RCA, GRUNDIG E TELEFUNKEN(Fabricação alemã)

PEQUENOS TRECHINHOS SONOROS...SOBRE O BAIXO ELÉTRICO.

Num outro dia peguei uma conversa:
Jaco foi um inovador no baixo elétrico sem trastes e sem a menor sombra de dúvida.Contudo, não posso deixar de citar outros que deram a tônica no instrumento sem trastes: Percy Jones do Brandx, Tony Franklin, Mick Karn, Alain Caron(UZEB) Bunny Brunnell que tocou com Chick Corea, nos anos 70(Pude vê-lo em ação), durante o I FESTIVAL DE JAZZ SP, 1978.
E por aí...


E outro inovadores como John Entwistle, Jack Bruce e Chris Squire, criaram cada um do seu jeito linhas eternas do baixo elétrico.

sábado, 18 de julho de 2015

CONTRACULTURA, ANOS 70...ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

O EVANGELHO LIDO DE UMA MANEIRA CORRETA É UMA CONTRACULTURA. O CRIADOR, Forasteiro REVOLUCIONÁRIO QUE NÃO FOI COMPREENDIDO NEM PELA NAÇÃO JUDAICA E NEM PELO POVO ROMANO, e no final padeceu...

 Muito da contracultura do final dos anos 60 e tendo seu ápice nos anos 70 era impregnado dos ensinamentos do "Criador" e muita gente não sabe disso.
 Vou te contar uma coisa...Entre 1975 até o final de 1980(no meu caso), o Rio de Janeiro era um turbilhão de coisas culturais acontecendo de todas as direções.

 Da década do início do retrocesso cultural dos anos 90 aguentei até 1995. Depois disso, uma lástima...ai resolvi voltar para 1975, e fiz um bom negócio. Anulei-me de tudo que vinha externamente.

 E quando veio o ano 2000...tive certeza que era melhor continuar em 1975...
E hoje em 2015...a certeza fica mais evidente...

 Ledo engano quem pensa que tudo era sexo, drogas e rock'n'roll...muito pelo contrário...

domingo, 12 de julho de 2015

E S C L A R E C E N D O...

Esclarecendo pela enésima vez:
Nada pessoal ou contra o som produzido hoje...Apenas retrato o mundo que vivi e vivo...Sou focado nessa vertente entre 1970 até 1993(e sou ligado no que acontece no mundo sonoro até o presente momento) NÃO PAREI NO TEMPO E NEM VIVO SOMENTE DO PASSADO. O TEMPO DE HOJE É MUITO ESTRANHO E O PRESENTE NÃO ME AGRADA MUITO.
Tirando o som e os músicos que admiro...Sigo a minha estrada escrevendo sobre esse assunto sem o senso comparativo...Hoje nem preciso mais empregar o comparativo(Passei dessa fase). Sei muito bem quem toca e produz algo de extrema qualidade. Esses sim, vou continuar enaltecendo por questão que diz respeito ao som que eles produzem e pela afinidade que tenho com os protagonistas em questão.
No restante...fica por aí mesmo...
E TENHO DITO.

MAIS ZAPPA, O FRANK.



·

Zappa...que um dia veio ao mundo com o nome de FRANK VINCENT ZAPPA...
E com ele mais de 90 discos entre os oficiais e os bootlegs...
Zappa...revolucionário sempre e munido com sua GIBSON SG esculpiu em seis cordas verdadeiras esculturas sônicas.

 O Vídeo é de 76...um ano antes Zappa entrava na minha vida de som...
Em 77...o antológico ZAPPA LIVE IN NEW YORK....ai pensei...Não tem mais jeito...Vou fundo na obra desse cara...

 
E virei Zappeiro...com o passar do tempo...veio a internet...o repositório do YOTUBE...ai...graduei-me pela ESCOLA SUPERIOR DE ASSUNTOS ZAPPISTAS...Tornei-me um ZAPPÓLOGO. e encontrei nas redes sociais uma maneira de propagar sua obra...assim como de um outro mestre HERMETO PASCOAL e.tem sido assim...




terça-feira, 7 de julho de 2015

GRATEFUL DEAD...DEAD HEADS E A CYBER CONTRACULTURA.

Os Dead Heads foram os pioneiros no emprego da internet e começaram a discutir as formas estéticas e sonoras do grupo através da rede de computador.
John Perry Barlow letrista do grupo lançou "O MANIFESTO DA INTERNET"
A contracultura migrava para cyber espaço e criaram a cyber contracultura no espaço virtual.
Hoje a contracultura anda cada vez mais viva dentro das Redes Sociais, a turma entre os 50 e 60 inflamam essa onda toda com as suas experiências.
As novas gerações alimentam uma viagem que não viveram e os fazem muito bem.

Enfim...pelo menos por aqui...estamos nos anos 70....
E TENHO DITO.

 Uma curiosidade...O GRATEFUL DEAD ao vivo nunca tocava menos duas horas...
Seu maior concerto deu-se no WINTERLAND BALLROOM, segundo as minhas pesquisas e contatos Kardecianos com Jerry Garcia(RISOS) com quase 6 horas de duração.


E nem poderia tocar menos...A primeira parte do concerto vinha carregado de canções para alegrar o público presente que pulava e dançava sem parar...
Contudo...na segunda parte O GRATEFUL DEAD levantava voo com longas improvisações a partir das canções apresentadas, com direito a solo de bateria e viagem sonora sem fim.
Era trupe de Jerry Garcia fazendo o melhor acid-boogie-elétrico gerado em São Francisco.


 Só mesmo dentro do repositório do YouTube para encontrar tanta coisa do GRATEFUL DEAD...São os DEAD HEADS alimentando essa onda toda da trupe do Jerry Garcia.
Eles tem tudo arquivado...

domingo, 5 de julho de 2015

HERMETO PASCOAL...SEGREDINHOS REVELADOS.

Segredinho de estado sobre a estadia HERMETO...
Parei naquele grupo por pura cara de pau...sabia mais da vida dele do que ele mesmo...Conquistei o Chefe Hermeto,  e com os meus conhecimentos musicais e técnicos colaboraram para ficar por ali..Só não previa que ia durar nove anos...
E tinha o aval...Estive presente em 78 naquela Jam promovida por ele...FOI O PASSPORTE...KKK

 Vou contar outro segredinho.,
Quando Hermeto me convidou para a primeira viagem com o grupo ele perguntou:
Sabe montar isso?? sei.
Sabe trabalhar no palco? sei.

Conhece bem equipamento?? sei.
(Porra na verdade não sabia quase nada, entendia na teoria, prática zero)>
E lá fui eu para o SESC POMPÉIA...fiquei quietinho a viagem inteira...e pensei isso vai dar a maior merda...(KKK)
Chegando no palco tudo foi se ajustando e tinha na cabeça a palavra INPUT E OUTPUT e o resto foi.
O concerto foi maravilhoso..Nene Baterista II tocou...uma festa.
No final chamei o Hermeto e disse:
Hermeto, tenho que te falar uma coisa: eu menti...quase não sabia nada do que fiz aqui e deu tudo certo, o grupo também colaborou...HERMETO ESBOÇOU UM SORRISO E DISSE: Eu já sabia...você é tão cara de pau que gostei...fique conosco.
Eu tinha 24 anos e estava cheio de gás para entrar nesse mundo.



 E uma das coisas mais extraordinárias que presenciei no Templo sonoro do Bairro Jabour era a produção musical composta por ele...Hermeto ali...sentado...contando "causos", falando sem parar...partitura...caneta Futura...e o som sendo concebido em notas pretas sobre o papel branco e pautado...INCRÍVEL...
E logo ouvia os termos...casinha de primeira...casinha de segunda...ponte para improviso, uníssonos...uns compassos 11 por kabomga, 7 não sei por quanto...9 sei com quê....UMA COISA DE DOIDO... E cada tema um mais intrincado do que o outro...ERA UMA COISA LOUCA...
Ele ainda dizia: Maurão..leva essas lá pra cima...eles estão ferrados hoje...e ria...

SOBRE ESSE TAL DE MAURO WERMELINGER

Mauro Wermelinger, profissão de fato Operador de Computador Mainframe Sistema DOS.
Entusiasta sonoro que levou-se à sério quando ouviu os seus primeiros discos, em 1970, então com dez anos de idade.
Tinha de tudo Bill Haley, Muita coisa de Blues, Stones, Beatles, sentiu que tudo era uma novidade sem tamanho...e foi acompanhando essa evolução.
Um garoto curioso que logo descobriu uma outra turma antenada, uma rapaziada entre 15 e 18 anos...uns caras esquisitos, todo mundo cabeludo, um jeito estranho de ser...e o som mudou de novo...ele juntou-se aos demais e com muita leitura, audição e pesquisa, aquele garoto virou uma enciclopédia ambulante sonora e todo mundo o carregava a tiracolo...o resto é história.
           De 1970 até hoje...esse garoto nunca mais parou de ouvir e pesquisar sons...passou a vida inteira trabalhando e imerso nesse mundo . Acompanhado de muita literatura musical e vivendo uma dimensão paralela dentro do UNIVERSO CHAMADO SOM.
Esse menino teve um divisor de águas em 1978, Durante sua estadia em Sampa dentro do I FESTIVAL DE JAZZ...Viu os melhores da cena jazzística e fusion americana e dois sons o deixaram estupefatos GRUPO UM do Zé Eduardo Nazario E HERMETO PASCOAL. e a Jam session que Hermeto promoveu no palco com Chick Corea, Stan Getz e John Mclaughlin.
Em 1984...outra mudança e dessa vez por longo nove anos...juntou-se por uma sorte sonora a trupe do Hermeto Pascoal....ficou ali ouvindo, pegando no pesado e vendo aquela usina sonora e seus aloprados sonoros a criarem som.
O RESTO É HISTÓRIA DE NOVO..

sábado, 4 de julho de 2015

SOBRE O ROCK PROGRESSIVO, MINHA VISÃO

Quando o rock progressivo iniciou a sua escalada no mundo chamado SOM a estética oriunda rock começava a mudar.
Temas grandiosos, letras viajantes, sua concepção com os elementos contemporâneos e eruditos, aliados a alta performance dos seus músicos com faixas longas entre outros elementos, logo o mundo percebeu que precisava-se pensar em ouvir musicalmente.
O Rock progressivo começou a exigir do ouvinte uma atenção praticamente contemplativa dessa estética sonora.
Os baluartes como PINK FLOYD, GENESIS, ELP, YES davam a tônica dessa vertentes nos criativos anos 70.
O Mundo do Rock Progressivo foi nessa onda e praticamente muitos grupos surgiram em diversos países e diversos dele de alto nível e indo além em relação aos seus pioneiros, o que não coloca em demérito o pioneirismo empregado por eles.
Países como a Holanda com FOCUS, KAYAK, Argentina via CRUCIS, Alemanha com AGITATION FREE, AMON DÜUL, BIRTH CONTROL, SOM NOSSO DE CADA DIA, TERRENO BALDIO no Brasil, Finlândia com o Nimbus, Tasavallan Presidentti...e tal...tal...tal...
O ROCK PROGRESSIVO deu um novo rumo para quem precisava pensar em som e sem perder a essência do rock.

Quem sabe escrevo a minha versão sobre o rock progressivo???

sexta-feira, 26 de junho de 2015

SE FORMAR É A SOLUÇÃO??

Um comentário:
Se formar em uma Universidade Pública é um trabalho árduo devido aos fatores gerados:
Falta de estrutura, greves, excesso de disciplinas e no final todos ou quase todos se formam.
Lembre-se o Mercado não vai absorver nem 5% dos formandos.

Muitos que acabaram de sair estão em casa vendo Sessão da Tarde com o diploma dentro de um pasta ou na parede.
Para uma melhor colocação: Ou segue estudando(Mestrado/Doutorado ou travaste-se de funcionário público para garantir a grana na conta.
Sem a realização de todo o seu investimento cultural. A escolha é de cada um, cada protagonista sabe aonde o calo aperta.
Enfrentar o mercado fora desse segmento não é para qualquer um.
O Mercado tem as oportunidades para profissionais criativos em todas ou quase todas as áreas de Trabalho e atuação.
Agora se querem uma zona de conforto, façam concurso...ou...sei lá.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

MAURO E O SOM...

Era um tal de maluco comprar disco e bater lá em casa, Mauro, passa lá na minha cachanga(gíria para casa ou apto) vamos ouvir um som.


Tinha uma vantagem...não tinha muita grana para comprar discos e passei a decorar ficha técnica, ai todo mundo me chamava para ouvir som.
Sacou, Marcos Junior
E uma boa memória para lembrar de coisas intricadas, melodias...

Na boa...ouvi muitooooooooooo disco...


GALERA..TENHO QUE CONFESSAR
Esse bombardeio sonoro de informações que posto nas redes sociais, advém dos seguintes fatores:
Sabe pode parecer maluquice, ansiedade por som;..o lance é seguinte: quase tudo que posto nessas redes, ouvi ou tomei contato em algum lugar do meu passado sonoro.