quarta-feira, 5 de outubro de 2016

UMA SALADA DE TEXTOS SONOROS...


Hoje tenho Brian Blade como a expressão máxima da bateria livre e criativa e sem perder o pulso..

Ele vai além do quesito técnico...escuta tudo o que acontece e conversa com cada um dos músicos.

Dedicado ao camarada Felipe Cotta


Sem o quesito da comparação que nunca gostei, quem compara é que não entende de som ou não percebe que cada um tem sua história. 

Contudo, pude certa vez viajar com dois gênios numa tour.

Hermeto e Egberto e cada com o seu grupo,.
Ainda era um cara de 20 e poucos anos e toda noite o concerto de ambos soava algo celestial.
O som cerebral e etéreo do Gismonti com uma formação meio inusitada de violoncelo, contrabaixo acústico, teclado e violão, fazia um contraponto a panela de pressão sonora,longa e criativa do Hermeto Pascoal. Foi um momento único na minha vida, ali nos bastidores vendo e ouvindo dois gênios, dois criadores e cada um com a sua linguagem e de um respeitabilidade sem precedente.
"E salveossons" isso sim, também é" vidalinda".



A expansão do som em especial ao jazz, se deve aos criadores como Miles Davis e John Coltrane, certamente esse comentário não é tão completo devido ao grande número de protagonistas que fizeram sua parte...Contudo, são os pilares de um revolução única.

No Brasil, dou crédito para dois sujeitos geniais; Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal. Esses foram além.



Que maravilha!!, cinco conceito estético-sonoro do mestre Wayne Shorter(compartilhado no Facebook) e cada um contando uma história completamente diferente uma da outra.

Shorter, é o que chamo de expansor de melodia livre costurada por seus protagonistas num diálogo único, onde somente uma audição atenta é capaz de saborear tanto som.

Coisas que ele aprendeu quando fazia parte do quinteto acústico do mestre Miles que uma bela noite foi levado ao cinema por John Mclaughlin para ver o Festival de Monterey, o clássico.
E quando chegou a parte do Hendrix com aquele som todo eletrificado, pedais, distorção...
Ele disse ao John: É esse o som que estou afim de fazer...e criou o jazz-rock e o resto é simples história.
Mauro Wermelinger, que o tanto que fala é o tanto que escreve..
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