quarta-feira, 6 de abril de 2016

Correndo atrás do som 2


Pensando bem...que sorte ter podido ouvir e tomar contato com tanto disco bom, Caro Jose Luiz Napoliao, acabei por decorar ficha técnica de vinil...Sabia tudo de qualquer banda, ano de gravação, quem tocou com quem, curiosidade e isso sem a internet, google ou youtube, será que ainda lembro disso tudo?? E sem perder o foco nos estudos convencionais...E nem podia naquela época...
Alguma coisa creio que sim...

Quando descobri o jazz em 78...ai pirei de vez...Parei dentro do Festival de Jazz de Sampa...
Vi John Mclaughlin, Chick Corea, Larry Coryell e Catherine, Grupo Um do mestre Zé Eduardo Nazario Hermeto e sua incrível Jam e dei um tempo enorme de rock e afins...Logo vieram Coltrane, Miles...pensei...caramba onde esse som vai me levar, tinha 18 anos...E seis anos depois...o inacreditável aconteceu...cai dentro da Usina sonora e criativa do Hermeto Pascoal e Grupo...(1984)

Hermeto realmente abriu um respiradouro sonoro que nunca poderia ter imaginado que pudesse existir.
Tamanha profusão de som que ecoava naquele longínquo Bairro Jabour de número 333(cabalístico) 
Ali no momento era o som, os caras estavam presentes, criando uma linguagem completamente nova em cima da estrutura oriunda da mente do Hermeto.
Malta, Itiberê. Jovino, Pernambuco, Márcio e posteriormente Fábio, criavam todos os dias.


Era Ensaio-concerto de segunda a sexta, de 14 as 20:00...Pensei de novo...Por gostar tanto de som tinha uma banda inteira ali na minha frente e quebrando tudo..
Virei um sombra atrás do Hermeto...O papo rolava era muito assunto...

Ficar perto do som me fez ficar longe da efemeridade, do excesso, da subcultura e de tudo que não presta...







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