sexta-feira, 3 de junho de 2016

A MANEIRA DE COMO VEJO E O OUÇO O SOM...



A diferença entre entender de música e sacar de som...Não é uma linha tênue...A vivência in loco com grandes mestres faz uma diferença...Sabe o que é encontrar um Tomás Improta, Phillipe Doyle, Paulo Moura, conversas com Edgar Nunes Roca, o bituca, percussa da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal dos bons tempos...Marco Pereira, Nico Assumpção, Hermeto, Paulinho Trompete...Na boa...A Lista é infindável...
As bienais de música contemporânea, o jazz alemão na Sala Cecília Meirelles, som de vanguarda no Teatro do Ibam...Vendo gravações no estúdio sinfônica da Rádio Mec... Conversas sonoras com Arismar Do Espirito Santo Gabriel Grossi Daniel Santiago olha...na boa...Hoje sinto falta disso tudo e vejo que tudo vale a pena...Quando a vida não é pequena e cheia de som.

Sobre som...

Certamente ouvi Beatles e Rolling Stones, contudo, pulei logo essa etapa muito rapidamente...Me lembro muito bem...Zappa chegou rápido aos meus ouvidos e muito rock além dos quatro cavaleiros, ultrapassando com facilidade as pedras rolantes...A música contemporânea já era habitué muito por conta da influência do meu avô Trajano Brandão dotado de uma percepção fantástica e ouvia os clássicos, a turma da pesada como Stockhausen, Varese, Xenakis...Meu ouvido naquela época não aguentava nada menos que 10'...Bitches Brew, Hermeto... Festival de jazz em SP em 78 e sem querer fiquei na frente de muitos da minha geração que estacionaram em quase tudo em termos de som...Se acostumaram a ouvir o trivial...Respeito todos por isso, e como nunca parei aqui estou divulgando som nesse perfil sonoro.
Muito da respeitabilidade que tenho hoje é pelo simples motivo que nunca parei de ouvir som, lidar com som, absorver som e toda a literatura sonora até onde pude alcançar
.Com o advento da internet e a criação do Repositório do Youtube corroborou para a busca, a recuperação e a disseminação do som. E fico contente quando alguém comenta algo que inspirou esse texto...E o bacana disso tudo é que continuo do mesmo jeito, fisicamente e sonoramente. Sem som não há vida para mim...Agora tem que ser SOM...SOM DE VERDADE...MÚSICA é aquela que toca na rádio e não precisa pensar.
A música vai muito além do gosto disso e não gosto daquilo...Fulano toca mais...beltrano toca menos...o jazz é tudo...rock é melhor...que nada MPB que é o grande lance...nada disso...prefiro progressivo...blues é mais simples...A música erudita é a mais pura...
TUDO ERRADO...A música vai muito além disso: Requer estudo, dedicação, imparcialidade sonora, inventividade e amadurecimento. ISSO LEVA TEMPO E BOTA TEMPO NISSO.
E UM PÚBLICO EDUCADO A OUVIR O QUE ELA TEM DE MELHOR...
TEM MUITO MÚSICO...E POUCA MÚSICA...


"Na beira da estrada valeu...o que era dele, era meu"...



Postado por Mauro Wermelinger às 02:19











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